segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Levantar.

Se o destino sussurrar que talvez não,
Estou certo de que quero gritar sim,
Lutando para que nada seja em vão,
Do que somos eu para ti e tu para mim.
Nesta vida é cada dia a construir,
Esperando encontrar algum sentido,
E mesmo quando a chuva persistir,
Não duvides que quero ficar contigo.

Neste trilho que a vida foi seguindo,
Não desisto daqueles sonhos do inicio,
Se no fim valer a pena e sorrindo
Vencermos a tristeza e o sacrifício,
A vitória não tem gosto sem trabalho,
Ser feliz é mesmo longe dar-te a mão,
E garanto que mesmo quando eu falho,
É tentando abraçar teu coração.

Que sejamos dois atletas em corrida,
Numa prova de obstáculos e barreiras,
Que lutemos pela vitória toda a vida,
Mesmo se as pistas forem traiçoeiras,
Bem sabemos que é fácil tropeçar,
E as feridas até podem aparecer,
Também sei que nos sabemos levantar,
Ao saber quão felizes podemos ser.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Acordo em mim.

Acordo em mim,
Nos meus sonhos mais profundos,
Em tons de pétalas de girassol,
Que giram fundo em busca da sua luz
Para lá do sol.

Acordo emerso dos medos,
Talvez repleto de segredos e paz,
Na cor dos meus desassossegos
Que me fazem voltar atrás e seguir
Sonhando com o sol.

Desperto noutra perceção,
Já dominado por esta ambição
De partir, sem largar a tua mão
E vencer, completar o coração,
E sentir, que não deixei nada por fazer.

Acordo e ainda sou,
Um pedaço de uma história errante,
Acreditando puder triunfar,
E vou lutar para que cada instante,
Seja o caminho para lá chegar.

 

terça-feira, 4 de setembro de 2012

És tu.

Porque sei que hoje a vida são só breves segundos,
Não quero desperdiça-los mas torna-los profundos,
Porque se não os vivermos ninguém viverá por nós,
Ninguém sabe quando a sorte nos apaga a nossa voz.
É importante respeitar e estar perto do que importa,
Não esquecer os sonhos e quem está à nossa porta,
Só cuidando quem se ama é que se cuida do viver,
E vivendo o que é possível do que a vida oferecer,
Sei que vou compreender uma ausência inesperada,
Não é isso que altera o sentir-te minha amada,
A presença está na crença e no afeto que trocamos,
Mesmo quando em silêncio tanta coisa partilhamos.
Não sinto que a vida seja um único reduto,
Mas por mim o nosso sonho é diamante em bruto,
Que tem de ser trabalhado no interior de cada um,
Para ficar tudo brilhante e não perder cristal nenhum,
Somos feitos de trabalho, de derrotas e conquistas
Trilhando algum caminho na busca de algumas pistas,
E és a minha estrela guia estrela guia esteja eu onde estiver
E afirmo em tom bem alto que te quero para mulher.
E mesmo que a minha vida tenhas coisas por cumprir,
Quero ter-te ao meu lado para eu tentar subir,
Porque também vou estar perto para te dar a minha mão,
Para que chegues mais alto onde os teus sonhos estão.
Foi por isso que eu sonhei e quis tanto chegar perto,
Foi por ti que acreditei e atravessei aquele deserto,
É por ti que ainda luto para te fazer feliz,
Porque sei que compreendes o que sinto de raiz.
Amo-te.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Dizer hoje.

Não quero nunca deixar de dizer,
Se a palavra for de um sentimento,
Amanhã poderemos não ter,
Outra hora, minuto ou momento.
Se sentir que te devo entregar,
Quatro letras em forma de amor,
Não desisto de te confessar,
Que me trazes à vida calor.

Se pudesse mostrar ainda mais,
O quanto tu és importante,
Escreveria em todos os jornais,
Sobre ti, sobre nós, cada instante,
Não tenho nada a esconder,
Se te amo e se quero ficar
Ao teu lado para tudo e viver,
De tudo o que exista em amar.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Jornal.

Eu diariamente escrevo um jornal
Que guardo para mim num lugar especial,
Cuja manchete é o teu nome em negrito,
E assim o meu jornal fica mais bonito.

Faço questão de guardar as noticias,
Dos nossos passeios e as nossas caricias,
Tudo o que escrevo passa na redação,
Que é em algum lugar no meu coração.

Talvez não interesse ao mundo exterior,
As minhas noticias e o seu teor,
Mas a mim interessa e é importante,
Saber que te guardo em cada instante.

Pode não ser diária a publicação,
Mas o jornal está sempre em construção,
Ambos construímos com muito fervor,
As linhas da história, noticias do amor.

Mistério.

Bebo um travo do teu quê de mistério,
Ando sedado pela tua existência,
Fazendo contas nesse teu ar sério,
De quantos anos queres a minha presença.
Mas não o vejas como uma sentença,
Analisemos segundo outro critério,
Se ser feliz for vitória que eu vença,
Eu já venci porque adorei o mistério.

Inalo o aroma desse teu penteado,
Viagem no tempo ao sabor da nostalgia,
O teu perfume deixa-me hipnotizado,
Beijo na boca? Sim, dia após dia.
E não adianta pensar no que seria,
O que será é o que tenho sonhado,
E se quiseres saber o que eu queria,
Quero ficar sempre perto do teu penteado.


sexta-feira, 13 de julho de 2012

Súbito despertar.

Acordo em pleno sonho sem saber o que faço,
Olho a janela aberta e lanço escadas ao espaço,
Para fugir deste quarto caótico,
Inundado do teu antibiótico,
E subir, sentir, sorrir, ao degrau do teu abraço.

Subo sem receios ou medos de possíveis quedas,
Vislumbro à distância um cenário oposto às trevas,
Agarrando-me a esta loucura,
Catalisada pela tua ternura,
E eu aceito e agarro forte porque és tu que me levas.

Já passei talvez fronteiras mais distantes que outrora,
Com degraus mais fascinantes ao passar de cada hora,
Consequência do teu ar de mistério,
Em contraste com o meu ar sério,
Só pretendo voltar ao sonho quando tiveres de ir embora.

Talvez este meu divagar tenha pouco de realidade,
Tem a que tu permitires nessa tua propriedade,
De seres xarope anti escuridão,
Pilha alcalina do meu coração,
Cheguei agora às estrelas licenciado em felicidade.


quinta-feira, 5 de julho de 2012

Amor é como...

O amor é como uma viagem de avião
Que faz voar para lá das nuvens
E na mala leva medo de poder cair ao chão.


O amor é como um passeio de Primavera,
Que leva embora o frio do Inverno,
Na esperança de haver uma flor à nossa espera.


O amor é como uma porta de um livro,
Que leva tudo o que já foi
Deixando só o sonho de ter um porto de abrigo.


O amor é como um poema que não sair,
Por não se saber explicar,
E porque ele tem seu modo próprio de falar.


O amor é como uma estrada em construção,
Que precisa de muito empenho
Para não ruir ou desabar no primeiro abanão.


O amor é como um grande ato de coragem,
De aprender a tentar ser melhor,
Não existir, viver a vida numa eterna viagem.


O amor é como um mistério sempre a fugir,
No qual só temos de encontrar
Um equilíbrio perfeito entre o lutar e o sorrir.


O amor é como a epopeia de Vasco da Gama
Só que vivida em cada um,
Só descorda que o amor é uma viagem quem não ama.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Novo Verão.

Quero dar-te os destinos que ainda ninguém deu,
Entre vários carinhos e um pedaço de céu,
Porque há lugares bem perto que merecem visita,
E merecem dar entrada na memória que fica,
Bate à porta o Verão, o segundo que eu conto,
Que espero cheio de emoção, de abraço e reencontro,
Com sorrisos rasgados e viagens de braços dados,
Como foi em alguns sonhos que já temos realizado.


Tu nem sempre és recetiva a um partir e viajar,
Talvez seja o novo sonho que pretendo conquistar,
A viagem não implica que haja uma grande distância,
Mas implica ser aceite com querer e importância.
Não quero passar ao lado daquilo que é possível,
Porque sei quando estou longe do que é impossível,
E temos tanto a viver se me quiseres dar a mão,
Sem reservas, sem receios, com desejo de união.


Só te quero proporcionar ainda mais felicidade,
Que as horas tragam horas que respirem novidade,
Que um dia possas dizer “ Eu fiz tanto do que quis “,
E que lembres estes meses como um Verão feliz.
Nem que seja um café numa simples esplanada,
uma vista de montanha mesmo sem pensar em nada,
um passeio à beira mar incluindo o anoitecer,
ou concertos em agosto onde aviões se possam ver.
Até mesmo uma viagem medieval ao passado,
uma espécie de tesouro num cantinho encontrado,
o que quero e desejo é que seja especial,
e partilhes dos meus sonhos que nasceram na radial.

Ps. Espero que percebas o que quero dizer*

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Mais motivos.

Por muito que não esteja inspirado,
Tenho sempre alguma coisa a dizer,
O tempo que já passei do teu lado,
Dá motivos para eu querer escrever,
Tu sabes que eu quero ver-te bem,
Que tragas o sorriso que é só teu,
E quero dar a ti e a mais ninguém,
A estrela que mais brilhe lá no céu.

O tempo é veloz e já cá estamos,
No inicio e no sol de mais um Verão,
No sonho tudo o que nos lembramos,
O que guardou para nós esta estação.
Quero dar-te mais motivos para sorrir,
Outros tantos para que possas sonhar,
Com aquilo que nós vamos descobrir,
Quando ambos voltarmos a viajar.

sábado, 23 de junho de 2012

Até que ponto.

Até que ponto és tolerante
Se no fundo és um errante conotado de estudante?
Até que ponto és culto
Se fracassas na cultura na hora de ser adulto?
Até que ponto és criativo
Se oprimes a construção para lá do teu umbigo?
Até que ponto és construtivo
Se não mostras plano B quando tudo está perdido?
Até que ponto lês
Para lá dos copianços que nem sabes quem os fez?
Até que ponto elaboras
E te aplicas mais um pouco para lá das tuas horas?
Até que ponto és cuidado
E cuidas de saber um pouco sobre o nobel Saramago?
Até que ponto és passivo
E repousas no teu canto como se nada fosse contigo?
Até que ponto queres futuro
Se dormes depois da noite e estudas num quarto escuro?
Até que ponto tu contribuis
Se o comboio anda lá fora e tu aqui não evoluis?
Até que ponto és a minoria
Que investiga sem dinheiro e consegue fazer magia?
Até que ponto és treinador de bancada,
Que grita, esperneia e ofende e no fundo não faz nada?
Até que ponto és motivo de orgulho
Se não metes mãos à obra para sairmos do entulho?
Até que ponto tens memória,
Lembras-te de um Portugal que fazia manuais de história?
Até que ponto eu sou Português?
Sou mais um igual a ti, mas que tenta de quando em vez.




terça-feira, 19 de junho de 2012

Viagem de ida.

Vou andando pela rua,
Na sombra do presente,
Sonhando dar passos na lua,
Neste meu olhar em frente,
Não me prendo a coisas fúteis,
Crio o meu próprio vento,
Em busca de armas uteis,
Como é o sentimento.

Vou seguindo confiante,
Rumo a esse tal destino,
Para que conte cada instante,
Cada curva do caminho,
Porque a estrada é só uma,
E não temos volta a dar,
E a esperança que me inunda,
Tem semente no sonhar.

Vou em busca de um objetivo.
Em cada novo passo dado,
Sendo o maior ficar contigo,
E ser feliz do teu lado,
Coisas simples e ao alcance,
Das que nem têm valor,
Se nos dermos uma chance,
De vivermos com amor.

sábado, 16 de junho de 2012

O poema de volta.

Depois de um tempo pela Antropologia,
Em que já tinha saudades de escrever,
Eis que agora já retorno à poesia,
E a exaltar o quão feliz se possa ser.
Tu mereces o meu abraço mais forte,
Por tudo o que tens feito do meu lado,
Uma amiga, uma amada e um suporte,
Por isso tudo eu te digo obrigado.

No tempo que já passou desde Agosto,
Esse tempo voou de forma alucinante,
Na memória ficou mais que um sol-posto,
Em que tudo durou mais que um instante.
Espero que tudo tenha valido a pena,
E que sonhes com os dias que virão,
E que sintas até a hora mais pequena,
E que lembres para sempre o nosso Verão.

Chega em breve nova altura de viagens,
Chega em breve novo sol para aquecer,
Já possuo novos sonhos em miragens,
E anseio para que os possas ver,
Se ainda tens vontade de partir
Do meu lado e novos sítios encontrar,
Eu garanto dar motivos para sorrir,
E ainda digo: deixa-te levar.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Reinicio.

Após ficar alguns dias sem escrever,
Venho lembrar que ainda não esqueci,
Que ainda tenho tanto para dizer,
Que agora gosto ainda mais de ti,
E agora que já tens o livro dois,
Prenda de anos e o gesto deste mês,
Vou tentar a cada passo do depois,
Dar motivos para que haja livro três.


Agora que este sol se põe mais tarde,
E me lembro de alguns dias do passado,
Ainda és a minha eterna novidade,
Que eu preservo e sonho para meu lado,
Porque eu quero ver mais constelações,
Abraçar-te e estender a minha mão
Ao criarmos novas letras de canções,
Ao vivermos novos sonhos neste Verão.


Tu mereces os balões que há no céu,
E ainda mais os que houverem para subir,
Acredito que preservas o que é meu,
E que por vezes ao olhar faça sorrir,
Continuarei a escrever-te poesia,
Continuarei a dedicar-me ao teu encanto,
Continuarei mil vezes mais a cada dia,
A demonstrar que eu te quero tanto.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Mensagem do tempo.

O tempo dá-nos tempo para tudo,
Basta um esforço e força de vontade,
Se ainda queremos o tal porto seguro,
Que luta sempre pela nossa felicidade,
Às vezes nem é preciso dizer nada,
Um olhar é muito mais que suficiente,
Para sabermos que o sonho não desaba,
E que não foge para longe intermitente.


Por vezes basta entrar nos pensamentos,
E viajar pelo passado mais recente,
No passado mais passado mil momentos,
Para sabermos afinal o que se sente,
Para fazermos sempre valer a pena,
Em cada partilha ou entrega de emoção,
Porque até mesmo na hora mais pequena,
Está acordado e tem voz o coração.


É por isso que o tempo se repete,
Para fazermos o que ontem não fizemos,
Uma chance que nessa hora nos remete,
Para querermos o que ontem não quisemos,
Porque o tempo dá-nos tempo para viver,
Ser feliz, amar e ser amado,
Mas o tempo só nos pede para aprender,
A aproveitá-lo com quem está do nosso lado.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Amanhã.

Amanhã,
Prometo chegar cedo,
Bem na hora do sossego,
Que te leva todo o medo
Que tens falhar;
E deixo-te um segredo,
Para o teu desassossego,
Basta saberes acreditar.


Amanhã,
Quero ver o teu sorriso,
Bem na hora que preciso,
Quando vejo paraliso
Em recordações,
Sonho em pleno juízo,
Não um sonho indeciso,
É certo nos corações.


Amanhã,
Prometo deixar saudade,
Quando já se fizer tarde,
Quando o desejo invade
Querendo ficar,
Vou deixar felicidade,
Por fim uma novidade:
Amanhã eu irei voltar.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Alquimia.

Se algum dia houver falta de inspiração,
Não importa porque sei que vai voltar,
Ou em prosa ou numa letra de canção,
Tudo em livro para que possas guardar,
Porque tu das valor aos meus escritos,
E sei que não caem no esquecimento,
Apesar de nem todos serem bonitos,
Têm beleza no contexto e no momento.


É bom saber que acolhes cada poema,
Como um gesto de ternura e de afeto,
Que os meus textos te tornem serena,
Porque eu a cada letra estou mais perto,
Quero um dia que algures no futuro,
Te encontres a ler todo este passado,
E o que sentes ainda seja tão seguro,
Que te faça ainda ficar do meu lado.


Não desisto de escrever mesmo triste,
Porque sei que acredito e faz sentido,
O amor que entre alguns ainda existe,
Como o nosso tão sincero e querido,
Do teu lado serei eterno viajante,
Quer no mundo e no mundo da poesia,
Porque tornas o mundo mais vibrante,
Numa espécie de processo de Alquimia.




sexta-feira, 27 de abril de 2012

És tu o sinal.

Quando te vejo fico a questionar,
Porque é que a sorte me escolheu a mim,
Para ser aquele que tu queres abraçar
E ficar a olhar num banco de jardim.


O mundo que olha pode reparar,
No meu sorriso tão esclarecedor,
Não dá sequer para se duvidar
Que este balançar só pode ser amor.


És tu o sinal,
Que torna o tempo especial,
Tornas cada segundo
O melhor tempo do mundo.
És tu essa cor,
Que dá sentido ao amor,
Pintas cada segundo
Da melhor cor do mundo.


No relógio vejo o tempo parar,
A passearmos pela madrugada,
Só peço ao tempo para avançar
E para nos levar de volta à estrada.


Se hoje ao mundo eu quero gritar,
É porque sei que tu vais estar aqui,
Só à distância do meu sussurrar
Para confessar que gosto de ti.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Marca simbólica.

Já após alguns anos do começo,
Continuo a acreditar na poesia,
É um refugio onde me reconheço,
Onde guardo uma réstia de cada dia,
Hoje deixo uma marca e não mais,
E recordo todo um livro de momentos,
Todos eles com motivos especiais,
Motivos esses que chegaram a duzentos.


É importante não deixar de referir,
A existência de uma fonte de inspiração,
Por tudo aquilo que me tem feito sentir,
O sentimento que me trouxe ao coração,
Tantos poemas dedicados já mereceu,
Tantos mais escreverei se for preciso,
São memórias de uma historia que nasceu,
De um gesto, de palavras e um sorriso.


Hoje escrevo não só para relembrar,
Porque sinto que há tanto para dizer,
Nem tão pouco o que quero é celebrar,
Duas centenas de memórias do viver,
Hoje escrevo contra o medo de falhar,
Hoje exalto quão feliz se possa ser,
Hoje sonho o meu sonho de te amar,
Hoje sei que amanhã te vou escrever.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Um café de tarde.

Hoje estou em estado pensativo,
A olhar duas cadeiras com história,
Associadas ao sonho de estar contigo,
E ao inicio do que temos em memória,
Hoje olho simplesmente com saudade,
De um café que tem o sabor de convite,
Hoje olho e sinto ainda mais vontade,
De ficar mais dez mil horas a ouvir-te.

Hoje lembro o nervosismo que sentimos,
Camuflado em discursos sobre os dois,
Nos intervalos dos relatos lá sorrimos,
Prévio reflexo do que iria haver depois,
Neste presente que outrora foi sonhado,
Naquele passado de uma tarde de Verão,
Quando eu já era totalmente apaixonado,
E já escrevia para dar voz ao coração.

Hoje trago os mesmos sonhos dessa altura,
Da mesma forma que os vou realizando,
A minha esperança é um estado que perdura
Em surpresas que aos poucos vou criando,
Hoje olho e vejo réstias de verdade,
De sentidos, sentimentos e emoções,
Que ficaram na história daquela tarde,
De um café que despertou dois corações.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

De data em data.

Se me tentar lembrar da primeira vez,
Em que fizeste estremecer o coração,
E em viagens regressar a esse mês,
Que ficará eternamente naquele Verão,
Respiro fundo no silêncio de um sorriso,
É o espelho do que trago no meu peito,
E mais do que teres sido o que preciso,
Tens deixado o meu mundo mais perfeito.

Tudo passa mas não passa ao esquecimento,
Tudo fica quando tudo faz sentido,
Quando tudo é muito mais que um momento,
E um momento é muito mais se estou contigo,
Temos sido qualquer coisa transcendente,
Que se torna tão difícil descrever,
Transcendemos dia a dia o que se sente,
Quando tanto ainda temos para viver.

Não importa se é um dia ou meio ano,
Mas talvez tudo o que vamos construindo,
Não na rotina de dizer que eu te amo,
Mas nas surpresas que ao dizê-lo vão surgindo,
A cada dia faço tudo para te dar,
O que mereces com toda a dedicação,
Para que um dia te decidas a aceitar,
O que voou dentro dos sonhos de um balão.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Futura nostalgia.

Haverá sempre algum dia para voltar,
A outros dias que ficaram na memória,
Com diferenças nos caminhos a trilhar,
E acrescento de mais linhas na história,
Porque temos dado passos com firmeza,
Descoberto novos mundos por aí,
E eu encontrei nesta espécie de certeza,
Mais vontade de ficar perto de ti.

Nesta espécie de sabor sem descrição,
Numa entrega à natureza tão subtil,
Cada passo é balão de ar para o coração,
Que ficará no nosso álbum deste Abril,
Nos sorrisos tão constantes como brisa,
Na partilha de emoções no mesmo chão,
No moinho abandonado que precisa,
Que no fundo alguém também lhe dê a mão.

Tudo isto para no fundo confessar,
Que adorei as consequências deste dia,
Uma delas é não parar de me lembrar,
Outra será a invasão de nostalgia,
Porque em nós temos tudo para ser,
Um futuro de magias de passados,
Mas com muita mais vontade de viver,
Os lugares ainda não desvendados.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

A sorte de um sonho.

Se amar-te não for mais que consequência da sorte,
Que a sorte venha várias vezes,
Eu deixo a porta aberta para que sempre se note,
Que és o sonho de todos os meses.

Se ter-te não foi mais que um desfecho impossível,
Eu levarei sempre tudo a jogo,
Hoje sei o significado da palavra incrível,
Quando a teu lado contemplo o fogo.

Se hoje tudo é diferente é porque tudo começou,
De uma forma alternativa,
Com a sinceridade e um olhar de quem lutou
Por uma coisa que quer pra vida.

Se a sorte foi então a chave do teu coração,
Tentarei dar um sentido,
A cada dia ou estação, cada pôr de sol de Verão,
Porque sonho ficar contigo.

Arquivo interior.

Se temos um arquivo infindável bem cá dentro,
É porque é bom guardar um ou outro momento,
Se temos a rotina de filtrar para guardar
É porque é bom recordar
O que nos faz suspirar.

Somamos pela vida tanta espécie de vivência,
À medida que somamos outro tanto de experiência,
Somamos pela vida as razões para pensar,
Nos momentos de avançar
No que queremos lembrar.

Com a memória não adianta parar para discutir,
É dona do seu nariz e nem sempre nos deixa decidir,
Geralmente ela gosta de histórias de encantar,
Mas por vezes faz lembrar
Algo que nos fez chorar.

Se tenho esta vontade de falar de recordações,
É porque dormem bem dentro dos nossos corações,
Se há coisa que pretendo essa coisa é preservar,
O que fiz para conquistar
O teu jeito de me amar.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Uma prenda será pouco.

Queria dar-te uma prenda mas que fosse algo concreto,
Por me teres dado mais que água quando andava no deserto,
Queimas-te a distância nesse lume de estar perto,
És farol de nevoeiro e o meu foco no incerto.

Porque tu mereces tanto decidi fazer-te um livro,
Com retratos das histórias onde te fiz um sorriso,
Na esperanças que as palavras mostrem o sentido
Das viagens e dos sonhos que ainda sonho contigo.

Mas um livro ainda é pouco quanto tu mereces tanto,
Apesar de recordar a tua cara de espanto,
Haverá talvez maneira de aumentar o teu encanto,
Se vivermos emoções em cada página em branco.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Obrigado.

Ao passar de cada dia o sonho ganha nitidez,
Vejo flashes do passado e tudo o que já se fez,
Hoje paro, reflito e escrevo para agradecer,
O seres tanto em tão pouco no teu jeito de ser.

Se te devo a estabilidade? Talvez parte, talvez toda,
Se te devo esta vontade? Devo tanto do que faço,
Se te devo essa amizade, para ti então que eu corra,
Se te devo esta saudade, devo uma estrela do espaço.

Sei que lá no fundo tu não gostas que agradeça,
Para mim é importante tu saberes que valorizo,
O teu olhar, olhando ao olhar nunca se esqueça,
Que olho e ao olhar-te tu és tudo num sorriso.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

À moda antiga.

Às vezes é preciso ver a oportunidade,
Saber avaliar quando já não se faz tarde,
Às vezes é preciso pôr uma auto questão
Saber quando dar a mão
Se palpita o coração.

Às vezes é preciso conhecer-se por dentro,
Saber contrariar o impulso e o momento,
Às vezes preciso carregar-se no travão
E tocar uma canção
A quem nos toca o coração.

Às vezes é preciso saber ao que dar valor,
Se um dia de aventura ou uma vida de amor,
Às vezes é preciso dissipar a confusão,
Saber onde está o chão
Que nos leva ao coração.

Às vezes é preciso ser do tempo da avozinha,
Amar com sentimento e não ser mesquinha,
Às vezes é preciso ignorar a multidão,
Se os valores que nos dão
Fazem bem ao coração.

Às vezes é preciso ter postura e assumir,
Se se gosta só por moda ou se gosta por sentir,
Às vezes é preciso encher de ar um pulmão,
E voar como um balão
Até chegar ao coração.

Às vezes é preciso parecer-se antiquado,
Só para não parecer mal ao ficar apaixonado,
Às vezes é preciso manter viva a tradição,
E dizer com convicção
Que te amo coração!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

O tempo.

O tempo é efémero para ser maltratado,
Talvez até esquecido ou desaproveitado,
O tempo tem um tempo não recua ao passado,
Recua só na memória do que tenho travado.
Se o tempo se decide a esgotar num instante,
Lembramos que esquecemos o mais importante,
Desiste-se dos sonhos às vezes em flagrante,
Mas à exceções à regra neste mundo gigante.

O tempo dá-nos tempo no momento certo,
Se andarmos sempre alerta e de olho aberto,
Para corrermos o longe e ficarmos mais perto,
Do sonho de uma vida que parece incerto.
O tempo abre janelas e dá tempo à Lua,
Para que ela nos dê tempo para a Linha do Tua,
Ou um simples passeio com bom tempo na rua,
Não há sonhos entre nós que o tempo não flua.

Descubro que o tempo dá-me mais que poesia,
Desdobra-se em surpresas no meu dia-a-dia,
Deixa que me adormeças só por telepatia,
Em tempo percebi o que o tempo me dizia.
O tempo é efémero para não ser vivido,
O vento trouxe o tempo de eu ficar contigo,
E se houver mais vento não corremos perigo,
Paramos algum tempo num porto de abrigo.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Às vezes é preciso.

Às vezes é preciso dar cordas à vida,
Talvez trocas as pilhas do lugar de uma ferida,
Inverter os ponteiro do nosso dia a dia,
Que não seja mais um mas que seja magia;
Às vezes é preciso enveredar por caminhos,
No fim já lado a lado e no início sozinhos,
Fazer contas ao tempo mais devagarinho,
Não sermos marionetas do nosso destino.

Ainda temos tempo para um último sopro,
Para unirmos margens como margens do Porto,
Às vezes é preciso repousar e absorto
Lutar por algum sonho que já dão como morto.
O tempo não é mais que algo rotativo,
Que sabe ser amigo como sabe ser perigo,
Que foge sem aviso no passo decisivo,
No momento chave do sonho pretendido.

Contente fico eu por não ter descurado,
Do que havia pensado e havia sonhado,
Num desejo tão claro de ficar ao teu lado,
Não sabendo se era certo ou era errado,
Às vezes é preciso dar cordas ao presente,
O futuro que se esconde precisa de corrente,
E ao lembrar o passado fico tão sorridente,
Às vezes é preciso dar voz ao que se sente,
E tu tens sido o ouvido da margem em frente.

sábado, 31 de março de 2012

Bilhete low-cost.

Sou uma espécie de bilhete low-cost,
Para um destino que o teu olhar goste,
Mas não precisa ser lugar,
Basta só ser no sonhar,
O bilhete tem o poder de desvendar.

Sou uma espécie de algo ao teu alcance,
Sou a surpresa e espero que não te canse,
Tu nem precisas dizer sim,
Nem tão pouco dizer não,
No bilhete diz: aproveita o que as horas te dão.

Não duro sempre mas o tempo que dure,
Haja em ti uma vontade que me ature,
Porque no fundo do coração,
Eu tenho uma boa intenção,
Ser o teu porto seguro,
No secreto futuro que as horas me trarão.

Sou uma espécie de destino banal,
A explorar para ver que é especial,
Posso não ser de cinco estrelas,
Mas posso levar-te a vê-las,
O bilhete dizia: incluí destino fenomenal.

Não duro sempre mas o tempo que dure,
Haja em ti uma vontade que me ature,
Porque no fundo do coração,
Eu tenho uma boa intenção,
Ser o teu porto seguro,
No secreto futuro que as horas me trarão.

sexta-feira, 30 de março de 2012

O céu.

Já pensei em dar-te o céu mas não sei se a noite ou dia,
Talvez prefiras a lua acendida com um olhar que te sorria,
Mas se eu estiver enganado e o sol for sonho ou eleição,
Dou-te o anoitecer que tem os dois lados e tu escolhes a estação.

Pensei se fosse a noite a escolhida dar uma estrela na tua mão,
Mas se achares pouco faço um empréstimo para uma constelação,
Porque o céu sai muito caro e para ir lá tem de ser de vaivém,
Mas compensa todos os gastos porque te amo no tamanho que ele tem.

Mas para te dar o céu preciso assaltar um banco,
Para chegar às estrelas e as estrelas já são tanto.
Para te dar o céu se calhar só a sonhar,
Mas ainda assim prometo, meu amor eu vou tentar.

Se tu quiseres o dia pensei no azul de um dia de Verão,
Apesar de eu estar certo que não gostas do azul do Dragão,
Posso dar simplesmente o sol que mesmo longe não deixa de existir,
No fundo é algo muito importante e como eu porque o podes sentir.

Mas para te dar o céu preciso assaltar um banco,
Para chegar às estrelas e as estrelas já são tanto.
Para te dar o céu se calhar só a sonhar,
Mas ainda assim prometo, meu amor eu vou tentar.

terça-feira, 27 de março de 2012

Se queres ou quiseres.

Se queres um bom momento de alguma descontração,
Eu levo-te a voar e a planar nas nuvens de algodão,
Daquele que se parece com o das Feiras de Verão,
Estação que nos remete para uma recordação.

Se quiseres lá de cima vemos juntos todos os limites,
Os nossos, os da terra, os alegres e os mais tristes,
Peço que cá em baixo sempre que quiseres tu fiques,
Mesmo já conhecendo todos os meus tiques.

O tique de eu ser mais do que eu quando tanto eu nem pensava ser,
De me transcender aos poucos e aos poucos me deixar crescer,
O sonhar sempre em excesso segundo tu, porque eu acho pouco,
E se loucura é sonhar contigo, então assumo que sou um louco.

Se quiseres um bom passeio pelos lados da Beira-Alta,
Eu trago o abraço da Barra sempre que houver Maré-Alta,
Daqueles tipo peça de puzzle no espacinho que falta,
Daqueles que apertam o coração quando chegas e ele salta.

Mas peço que ao meu lado sempre que quiseres tu fiques,
Mesmo já conhecendo todos os meus tiques.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Ramo de Flores

Quero oferecer-te um ramo de flores
Sem espinhos nos caminhos,
Com folhas retrato de aromas de amores
E com pétalas de carinho.

É difícil escolher um ramo de flores
Quando tu já és um jardim,
Repleto de ti através de mil cores
No arco-íris que és para mim.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Dia Mundial da Poesia.

Sei que só por simbolismo mas hoje é o teu dia,
Vais vivendo bem erguida entre tanta exclusão,
Não desistes nem sabendo que hoje é uma minoria,
Que aprecia a magia do que os poemas são.

Talvez seja a linguagem que usamos na tua voz,
Ou somente o esconder para alguém ir decifrar,
O certo é repousares na gaveta e tão a sós,
Na esperança que alguém se decida a te cantar.

Organizo a minha mente utilizando o teu poder,
Desdobro o meu mundo em sons que batem certo,
Tens sido testemunha da minha forma de viver,
Dizendo aos meus sonhos que os quero ter mais perto.

Porque me trazes tanto sem no fundo levar nada,
Decidi, porque mereces, escrever-te com alegria,
Talvez tu sejas parte da conquista de uma amada,
Porque tu és tanto ou mais do que só ser Poesia.

terça-feira, 20 de março de 2012

Sapatos da vida.

Desata os cordões dos sapatos da vida e sente o chão debaixo de ti,
Tento dar-te razões para ficares rendida sempre que estiver aqui.
Respira as letras que se confundem com sonhos que trago na algibeira,
Eu cá me embriago nas memórias de Outonos com recados de uma areia.

Incendeia o vazio com o lume de Inverno que se quer manter no Verão,
Eu apago os tumultos e trago um mar de sossego ao escrever esta canção.
Faz-te ao mar sem saber quão ao fundo descer para deixar as passar ondas,
Mas para eu perceber se faço sempre valer por favor nunca te escondas.

Não habito nas horas do nosso passado nem faço disso um futuro,
Valorizo apenas tudo o que temos criado e sermos um porto seguro.
Aperta os cordões dos sapatos da vida e sente que eu te dou a mão,
Entre as várias razões que de forma sentida envio ao teu coração.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Amor abstrato.

Se a vida te trouxer uma pitada de amargura,
Abro todas as gavetas para que te sintas mais segura,
Entre o vai e vem de horas mandadas por ponteiros,
Que nos chamam de atrasados sem dar norte aos veleiros.
Esta vida em solidão é um leme sem vontade própria,
É um ser sem coração, sem compreensão e sem ter pátria.
Se a vida te trouxer uma pitada do que eu sou,
Embarca na minha jangada e vem comigo onde eu vou.

Se a vida te trouxer um almanaque de memórias,
Guarda-o num lugar presente e não nas coisas acessórias,
Deixa que ele vá prego a fundo na auto-estrada do olhar,
Com destino ao coração para que ele o possa processar.
Só processando o sentimento sabemos se ele é verdadeiro,
Se processares este momento tens a resposta por inteiro,
Porque declaradamente o meu olhar traz confissão,
Se a vida te trouxe amor guarda sempre o meu coração.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Sentido literal.

No silêncio das entrelinhas há sempre algo a dizer,
Até um relógio parado pode estar certo sem saber,
Vejo passar o tempo, neste sopro e num desejo,
Saber as figuras de estilo que definem o teu beijo.

Do complexo sai o nexo e o estares ao pé de mim,
De ti sai a cor do mundo sendo tu flor do jardim,
Vejo mudar a estação, neste riso e numa vontade,
Saber se és o eterno Verão e de mim a outra metade.

Anti rotina sai a surpresa que eu invento a cada dia,
Só recorro à tua existência e não a truque de magia,
Vejo fervilhar a mente, neste sonho e num batimento,
Saber se acolhes a pseudo loucura de amar com sentimento.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Em busca de ti.

Chegaste do nada sem nenhuma intenção,
Pintaste uma estrada rumo ao meu coração,
Deixei-me levar pelo valor dos teus instintos,
Perdi-me no teu ar, universo e labirintos.

Não precisei falar, bastou-me acreditar no sonho,
Tu deixaste-me entrar, no teu recanto mais risonho,
Se o mundo tem sentido, o mundo então é esta história,
E agora quando estou perdido vou dentro da memória

Buscar-te no olhar,
No sorriso e na verdade,
Que me faz sonhar,
Na nossa cumplicidade.
Buscar-te do adeus,
Porque sei que vais voltar,
Em gestos só teus,
Que vou sempre procurar
Até te conquistar.

sábado, 10 de março de 2012

Fazer valer, sempre.

Porque recordar não é igual a viver e porque eu continuo a sonhar,
Vamos voar para ver o sol a nascer e fazer valer até ele se deitar,
Tenho lembrado aquelas horas tão nossas de conversas sem fim,
Que me fazem sorrir e em certeza entender tudo o que és para mim.

Deixa-me levar-te talvez a um novo trilho, partilhando o mesmo chão,
O de pegadas marcadas e ruas iluminadas como foi no outro Verão,
Eu tenho tantas ideias de mil novos lugares para conhecer e partilhar,
Onde damos sentido á tua forma de amares o meu jeito de te abraçar.

Não vai desvanecer esta minha ambição de viver a essência do amor,
Entre as mil aguarelas do mudar de estação com toques de nova cor,
Eu quero para nós essa cumplicidade de jangadas do mesmo oceano,
Remando juntos em frente trocando olhares onde eu digo que te amo.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Contas contigo.

Nas contas matematicamente complexas de uma construção a dois,
Temos somado bons momentos entre sóis e ventos a recordar depois,
Só dividimos o que é bom partilhar, vamos sonhando com um milagre,
Para que as horas nunca passem e a hora de ir embora seja mais tarde.

Talvez o resultado de um expoente perfeito numa viagem pelo mundo,
É multiplicar lugares, o teu olhar e os ares, chegar ao teu lugar mais fundo,
Parece uma fracção de tempo eterna, infinita de um sopro a uma confissão,
Porque o mundo já não gira, só sorri e suspira quando estou no teu coração.

Na minha calculadora de sonhos e afectos já nem funciona a raiz quadrada,
É impossível sermos partes porque somos um todo que segue de mão dada,
Se fizermos as contas na Página em branco, e formos ver o nosso resultado,
Vemos que o resto é o futuro e em cada porto seguro nós estamos lado a lado.

domingo, 4 de março de 2012

Fado amado.

Nas ruas da minha cidade vagueio contigo,
As luzes das casas antigas fazem-me sonhar,
Quero ser a tua história e teu ombro amigo,
E que outros um dia possamos vir a inspirar.

Nos passos pelas calçadas respiro o desejo,
Na lua procuro o silêncio para te dizer,
Que te trago no peito no sonho de um beijo,
Que no lugar da saudade quero contigo viver.

É o fado do amor que eu trago,
São as luzes dos teus olhos a brilhar,
Na cidade eu vagueio apaixonado
Até talvez num parque te encontrar,
É o fado do amor que eu digo,
Que fala sempre que te posso olhar,
Sussurrar suavemente ao teu ouvido,
Que és a estrela mais bonita do luar.


No alto da Sé voa o sonho de um dia chegar,
O dia em que esta cidade se lembre de nós,
Pelos passeios antigos de amor pelo luar,
Por hoje dizer que te amo no som da minha voz.

Fado à Donzela.

Debaixo de um céu estrelado,
Vagueio perdido na rua,
Sonhando chegar a teu lado,
Olhando-te à luz da lua.

Percorro toda esta viela,
Em busca do teu coração,
Para chegar à tua janela,
E te dar só esta canção.

Donzela,
Fazes o mundo parar,
Fazes-me amar o luar,
Onde te posso cantar
À janela.
Donzela,
Deixas-me a levitar,
Deixas o sonho ficar,
Até que possa beijar,
Tu, a mais bela.

Ao som desta minha guitarra,
A minha voz é sentimento,
Reflexo de uma emoção rara,
Cantada para ti ao relento.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Margens.

Na margem do rio a gaivota vai voando,
Respiro a brisa que já chega do mar,
Perco-me em sonhos que voam planando,
Mergulho nas águas para te encontrar.

Deixo levar-me no sabor e cor do vento,
Alguma maré irá ter um rumo certo,
Flutuo com o ar deste meu sentimento,
E quando dou conta já estamos tão perto

De embarcar na jangada
De sonhos imensos,
Ir por essa estrada
Rumo ao horizonte.
Liberto as amarras
Dos meus pensamentos
E encontro a magia
Que em ti se esconde.

Soltamos as velas já os dois comandantes,
Olhando o futuro para lá do sol-posto,
Unimos as margens ainda hoje como dantes,
Porque em nós há dias que são dias de Agosto.

Não esqueço.

Se algum dia pensares em mudar,
Por favor tenta não esquecer,
Que tu és uma estrela polar,
Iluminada nesse teu jeito de ser,
Conquistaste-me pelo teu interior,
Conquistei-te pelo que eu valorizo,
Se um dia eu te dei o meu amor,
É porque tens tudo o que preciso.

Mesmo que não consigas recordar,
Certas datas, dias ou momentos,
Estou certo que sempre vais lembrar,
Os lugares, emoções e sentimentos,
Acredito em cada tua palavra,
Desde o dia de mágicas cartolinas,
É algo emocional que não se apaga,
Como as minhas confissões em rimas.

Nunca mudes a tua forma de ser,
Tu tens muito mais que a maioria,
Nessa tua simples forma de viver,
Nos sorrisos que inventas na alegria,
Não esqueço a conversa sobre olhares,
Não esqueço sentir que eras diferente,
E agora que estou certo de me amares,
Não esqueço de te amar intensamente.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Calendário.

Quando o dia não chegar para nós dois,
Vou lembrar que amanha é outro dia,
Já outrora acreditava no depois,
Foi ele que trouxe o sonho que seguia,
Porque eu já cruzei mundos para ter,
Só a magia de poder-te abraçar,
Com a esperança que consegui manter,
De que um dia eu te ia conquistar.

Quando horas do relógio não chegarem,
Nos quadrados do nosso calendário,
Importa é as saudades não faltarem,
Em quem partilha o mesmo aniversário,
Somos mais do que mil coincidências,
Esperarei sempre que tu possas voltar,
Pelo que temos já guardado em vivências,
Pelo que tenho ainda em ti a conquistar.

Se te quero ao meu lado alguns segundos?
Quero mais e até onde a vida for.
Se desejo aqueles olhares mais profundos?
Quero ver sempres neles o teu amor.
Se acredito que hoje em dia te conquisto?
Acredito que ainda corres para me ver,
E muito mais que lembrares que eu existo,
Que acreditas no que temos a viver.

Verbo amar.

Se algum dia quiseres morar cá dentro,
Já te dei uma chave no passado,
Basta dares um jeito em sentimento,
E ficares a ver comigo o céu estrelado.
Traz as malas, fica perto de uma vez,
Vamos ambos partilhar o mesmo chão,
Fecho os olhos e conto até três,
E já moras dentro do meu coração.

Se achares que tenho o que é preciso,
para teres a felicidade suficiente,
está na hora de esboçares um sorriso
e o manteres nos teus olhos para sempre,
porque eu luto cada hora para te dar,
o que sonhei sempre dar a uma mulher,
tu mereces o melhor do verbo amar,
que eu conjugo no que der e que vier.

Escrever.

Não tenho tentado ser escritor,
Nem tão pouco ser reconhecido,
Tenho lutado para ter o amor
Que tens em ti para ficar contigo,
Cada texto que te escrevo é apenas,
Uma lembrança de cada momento,
Por vezes prosa e às vezes poemas,
Com a essência deste sentimento.

Quando sonho com cada novo livro,
Apenas quero que o tenhas guardado,
Que o sintas como um porto de abrigo,
Quer estando sol ou com o céu nublado,
São estas as linhas que temos erguido,
Porque no fundo nós já sabemos bem,
Que entre nós tudo tem um sentido,
Que nos aponta para o que o amor tem.

Talvez até nunca haja algum registo
Do que escrevo sem ser no teu coração,
Muito mais que uma prova que existo,
Isto é a prova de que quero dar-te a mão,
Não me importo que os guardes na gaveta,
Desde que nunca esqueças que lá estão,
Pela vida vou usando uma caneta,
Para que saibas o que os meus sonhos são.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Remamos tu e eu.

Pequena, dá-me a mão, vamos aprender a remar,
Vamos descer o rio enquanto o sol iluminar,
Temos o mundo à espera para irmos onde for,
Temo-nos um ao outro e mais, até o nosso amor.

Construí esta jangada com sonhos até mais não,
Moldei-a para durar muito para lá de um Verão,
Vamos embarcar agora rumo ao nosso futuro,
No fundo somos um para o outro um porto seguro.

Remando em sintonia chegaremos bem mais fundo,
Criamos entre nós uma espécie de novo mundo,
Pescando gestos e palavras nestas margens unidas,
Que se tornam as coisas mais importantes
Das nossas vidas.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Lareira.

Repouso no teu abraço porque sei que estou seguro,
Descansas no meu ombro porque sabes que sou teu,
Encontramos um no outro uma espécie de futuro,
Vivemos um momento simplesmente teu e meu.

Não enfraquece o lume porque há um calor em nós,
Apenas dança suave em labaredas que iluminam,
Todo ele é um silêncio até que chega a minha voz,
Sussurro aos ouvidos que os teus olhos me fascinam.

Talvez esta lareira tenha um toque de magia,
Talvez por nos olhar e reparar no que é o amor,
Talvez nós percebamos que este é um dia,
Que nos mostra que nós vamos até onda a vida for.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Decidi.

Decidi escrever um livro a sonhar com dois ou três,
Por saber que és o tema que merece ser contado,
Entre as linhas que nós somos e cada letra que tu és,
Damos voltas ao universo num cometa iluminado.

Decidi deixar falar a voz de uma página em branco,
Deixei que ela confessasse todo o ato de sonhar,
Balancei pelas palavras que trazem o teu encanto,
E num texto camuflado comecei a caminhar.

Decidi chamá-lo Tu porque és tu na tua essência,
Percorri todos os textos a que podes chamar teus,
E se agora repousar e pensar em consciência,
Esse livro somos nós, e os teus sonhos são os meus.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Para ti.

Era uma vez uma história que ainda está a ser escrita,
E a cada dia que passa vai ficando mais bonita,
Porque os dias entre nós nunca são em vão,
Porque todos merecem em cada lua uma canção.
Ainda á pouco escrevi umas palavras sentidas,
Daquelas que permanecem depois de serem ouvidas,
Porque tu mereces cada nova invenção,
Daquelas da minha voz rumo ao teu coração,
Temos vencido barreiras porque somos um só,
Quando nos damos na emoção numa espécie de nó,
Há qualquer coisa em nós que se sente diferente,
Que faz sonhar com o futuro entre nós constantemente.
Quando escreves poesia julgando não saber,
Fazes vibrar todo o meu peito com o teu jeito de ser,
E a tua forma de ver, o que é no fundo o sentimento,
Entre gestos ou palavras, muito mais que um momento.
Nunca deixes de ser como és na tua essência,
Porque tu és a metade do que somos em vivência,
Trazes no teu olhar muito mais que uma certeza,
Que alimenta o desejo de te dar esta surpresa.
Quero surpreender-te a cada dia da tua vida,
Nem que seja só escrever-te quando mais eu não consiga,
Porque em ti as palavras ganham nova dimensão,
Ficam bem entrelaças tal como a nossa mão.

Não sei se é especial cada letra que te escrevo,
Mas tu dás inspiração a esta ponta do meu dedo,
E eu quero ter-te perto em cada pagina em branco,
Para poder guardar em mim o teu sorriso e o teu espanto.
Esta é a minha forma de dar uma recordação,
Neste dia que celebra o que sonho desde o Verão,
Nesta terça-feira é mais um dia que te digo,
Que são todos especiais porque sei que estou contigo.
Talvez para terminar me apeteça dizer,
Que eu amo intensamente a nossa forma de viver,
E mereces receber tudo o que eu tiver em mim,
Por me dares a felicidade de viver um amor assim.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O meu amor.

O meu amor tem olhos de verdade,
Que são dois mundos brilhantes,
Que trazem a solução para a saudade.
O meu amor tem jeito de quem fica,
Transforma todos os instantes,
E que acalma o mundo que se agita.

O meu amor trás poemas inesperados,
E faz-me sentir como uma criança,
A quem dão tudo em embrulhos enlaçados.
O meu amor sabe sentir a poesia,
Porque sabe o que é a esperança,
E no fundo sabe o que é amar a cada dia.

O meu amor sabe como dar a mão,
E não somente dar a palma,
Mas dar tudo até tocar o coração.
O meu amor ensinou-me a olhar em frente,
Da tempestade traz a calma,
E traz vida com um sabor tão diferente.

Por isso meu amor, abre os braços para eu chegar,
Porque te quero envolver, e cheguei para ficar,
Porque tu trazer a cor, a tudo o que parece escuridão,
Nesse teu jeito de ser, que me envolve bem fundo
O coração.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Vais.

Vais voar,
Neste meu planar,
Até se encontrar,
Um lugar com mais ar.
Vais saber,
Sempre o que dizer,
Se eu me perder,
No teu jeito de ser.

Porque tu,
És tu sem contraluz,
És tu o que seduz,
E me conduz,
Ao mais fundo do peito,
Porque tu,
És tu e és o real,
O luar especial,
Mas afinal,
Só me importa o teu jeito.

Vais sentir,
Sem ter que pedir,
O que é sorrir,
Se me quiseres ouvir.
Vais crescer,
Vou-te envolver,
Vamos compreender,
Este jeito de viver.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Mereces.

Talvez mereças que eu volte a fazer composições,
Talvez tu saibas que mereces mais do que mil canções,
Porque tu sabes o que somos desde Agosto passado,
Desde que me deixas-te completamente apaixonado,
Preciso mesmo dizer-te o que sinto bem cá dentro,
Porque neste momento estou a explodir de sentimento,
Com aquilo que temos construído em pegadas,
Desde quando partimos naquelas simples jangadas,
Mais do que caminhadas temos sido um trajeto,
Feito no mesmo sentido para ficarmos mais perto,
Para nos compreendermos e conhecermos ao outro,
Para que dia após dia nos conheçamos mais um pouco.
Não quero ser redundante nas palavras que te escrevo,
Quero sim que as guardes como se fosse um segredo,
Naquele lugar mais dentro onde só chega a emoção,
Vulgarmente acarinhado entre nós, o coração.
Talvez a letra é que importa porque leva o amor,
Liga só à intenção que eu não sou grande cantor,
Talvez nem grande escritor mas o que escrevo é sentido,
Porque o mundo bate certo sempre que eu estou contigo.
Temos feito viagens para mais tarde recordar,
Vamos deixando o que somos em cada novo lugar,
Já trago dentro do peito bem marcado o Alto Minho,
Porque lá fomos um só a fazer o mesmo caminho.
Já temos tantas histórias que mereciam um livro,
Chamado Tu ou Viagens ou mesmo Porto de Abrigo,
Porque tu cada vez mais és uma margem de mim,
Mil vezes mais do que eu digo num poema assim.
Porque tu dás ao sonho um sonhar mais especial,
Porque o sonho ao teu lado acaba por ser real,
Porque fazes valer até o mais pequeno segundo,
Porque mereces receber do melhor que tenha o mundo.

Há dias.

Há dias que rodam na roda de um sonho,
Há dias que ficam para sempre lembrar,
Há dias que trazem semblante risonho,
Há dias que ficam num poema no olhar.

Há dias que giram numa nostalgia,
Há dias de velas e olhares a brilhar,
Há dias que trazem mais horas ao dia,
Há dias de horas feitas para amar.

Há dias de mãos que se dão por instinto,
Há dias em que a vida teima em sorrir,
Há dias a salvo de algum labirinto,
Há dias criados só para te sentir.

Há dias dos dias que a vida vai guardar,
Há dias que pedem para eu te dizer,
Que os dias melhores para eu recordar,
São os dias que posso ao teu lado viver.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Vou ler-te.

Vou ler-te este poema no olhar,
Decifrar esse teu sentimento,
Vou ver se te costumas lembrar,
Do sentido que damos ao tempo,
Vou entrar nesse verde intenso,
Lá dentro há muito mais de nós,
Vou dizer-te tudo o que penso,
Nos acordes desta minha voz.

Vou guiar-te sempre no mundo,
Vou levar-te aos novos lugares,
Vou lutar em cada segundo
Para que haja sempre luares,
Vou ter sempre a mão aberta,
Para me entrelaçar na tua,
Porque temos uma arma secreta,
Somos o lado brilhante da lua.

Vou ler isto na tua presença,
Em memória de cada viagem,
Porque sempre tive a crença,
Que tu eras mais que miragem,
Vou ler isto porque mereces,
O mais belo livro do mundo;
Vê amor se nunca te esqueces,
Que o nosso amor é profundo.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Pelo Norte.

Agora sei perfeitamente o que é a nostalgia,
Que se confunde com saudade e desejo de voltar,
Ao fazer de uma viagem uma espécie de magia,
No trilhar novos caminhos para te (re)conquistar.

Procurei constantemente nos vales do Alto Minho,
Chegar a cada “ Fim de tarde “ vencedor do teu Jogo,
Porque os céus que nos olhavam ao longo do caminho,
Ainda tinham a voar cento e três pássaros de fogo.

Percebo agora que as pontes entre certas fronteiras,
Existem para construir um castelo na outra margem,
Nos olhares e emoções que vencem quaisquer barreiras,
Entre os nós que vamos dando em cada nova viagem.

Somos como a união das cores e fios daquele Teatro,
Somos como aquele jardim que se renova e permanece,
Somos todo um futuro e não apenas um só retrato,
Somos como esta viagem, somos algo que não se esquece.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Quando.

Quando sentir um sabor a incerteza,
Bebo um trago das tuas fotografias,
Porque ao perder-me na tua beleza,
Fica mais fácil de encontrar os dias,
Embriago a mente com memórias,
Fico curado simplesmente ao ver,
Que no reflexo de todas as histórias,
Tens sempre linhas para me envolver.

Quando chegar um dia mais cinzento,
Compro um casaco da serra da estrela,
Porque na pele no nosso sentimento,
Há mil razões para nunca esquecê-la,
Não só ela mas aos outros lugares,
Em simples copos de conhecimento,
Quando em viagens respirámos ares,
Que nos encheram o peito de alento.

Quando ouvir dentro de mim o medo,
Vou-me agarrar às frases do teu olhar,
Ditas em escadas em jeito de segredo,
E agora mesmo só num simples pensar,
Porque dizemos tanto em telepatias,
Nós somos tanto de algo transcendente,
Que dá sentido e faz valer os dias,
Em cada cálice deste amor crescente.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Mais além.

Pouco me importa se tens um feitio do tipo tropical,
Porque sei que depois de um dia de frio vem outro especial,
Pouco me importa os breves momentos que aparece tempestade,
Porque estou certo dos teus sentimentos e que me amas de verdade.

Quero para nós uma vida repleta de todo o tipo de momentos,
Levando a jangada sempre mais longe contra chuva e contra ventos,
Porque nós merecemos os nossos afectos e termos o mesmo futuro,
Porque somos sempre um para o outro uma espécie de porto seguro.

Sei e sinto a cada dia que passa que fazemos sempre valer a pena,
Quer num dia inteiro, na tarde intensa ou até na hora mais pequena,
Porque tu valozizas palavras e gestos e tens-me feito acreditar,
Que queres seres feliz, ficar do meu lado, o tempo que a vida durar.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Há tardes.

Há tardes tão frias num inverno que tarda,
Que me trazem a tua presença,
Levando a tristeza e os restos de mágoa,
Permitindo que o afecto vença.

O sol está lá fora a espreitar o espaço,
Para entrar por entre tanto frio,
Enquanto eu mergulho no teu abraço,
Pintando de cor o vazio.

Porque tu fazes valer,
Até a hora mais pequena,
Quando te ouço dizer,
Que eu faço valer a pena.
Porque tu fazes valer,
Qualquer hora mais serena,
Quando te sinto dizer,
Que eu faço valer a pena.

Há tardes tão cheias de restos eternos,
Que me trazem um sorriso certo,
Trazendo o calor, levando os invernos,
Sendo nós um lugar secreto.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Significados.

Há momentos em que os nossos feitios até podem estar cinzentos,
Mas não desisto dos nossos desafios de vivermos juntos mais momentos,
Porque somos um oceano profundo, não um riacho superficial,
Porque nós somos maiores que o mundo, num sentimento tão especial.

Não deixo de ser o chato incessante que procura sempre a tua felicidade,
No fim de contas o mais importante é que me sintas como uma metade,
Que me abraces quando precisares, que me encontres sempre que quiseres,
Que eu esteja sempre perto da tua vida estejas tu onde estiveres.

Talvez amar seja a partilha constante das particularidades de uma vida,
Entre os bons momentos e os mais irritantes sempre com palavra amiga,
Porque amar não é só um desejo, tem muitos mais que mil significados,
É compreender e ouvir sem nunca desistir e não só estar apaixonados.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Tudo em ti.

Quero ver aquele sorriso,
Que tu queres no meu semblante,
Quando sinto que preciso,
Da tua força num instante
Em que eu não sei, encontrar,
Outra forma de me motivar.

Quero ver-te com confiança,
É só mais uma batalha,
Nunca percas a esperança,
A tua força nunca falha,
E hoje eu sei, podes acreditar,
Tens em ti, tudo para conquistar.

O mundo está na tua mão,
Tens o dom de o abraçar,
E ao ouvir o meu coração,
Tu tens tudo para ganhar,
Porque tu sabes erguer,
A face que anda perdida,
Porque sabes fazer valer,
O valor que tem a vida.

Hoje vou.

Hoje vou esperar por ti,
A viagem é a dois,
Vamos para longe daqui,
Escrevermos o depois.

Hoje vou dar-te a mão,
Vou sentir o batimento,
Que dá o teu coração,
Em cada nosso momento.

Abro o jogo e digo tudo,
Para que entres no meu mundo,
Jogo o ás tentado a sorte,
Te encontrar lá no meu norte,
Onde vais ficar, a fazer-me sorrir,
E vais ficar, nos dias que hão-de vir.

Hoje vou dar-te um gesto,
Escrever um texto só nosso,
Enquanto a vida tiver resto,
Vou dar-te tudo o que posso.

Aprendi a ficar perto,
A encontrar-te no deserto,
Hoje já não imagino,
Não te ter no meu caminho,
Porque eu sonhei, chegar a ti,
Conquistei, o sonho que escolhi.

Sol.

Estou deitado na areia da praia,
Espero a hora de te ver nascer,
Num sentimento que não se ensaia,
Numa ansiedade para te envolver,
Liberto o frio do período nocturno,
Agarro os raios dessa tua aurora,
Para me atar no teu trajecto diurno,
E ir contigo quando fores embora.

Suavemente vais trepando o céu,
Vais-me olhando num plano superior.
Trazes o dia a tudo o que é meu,
Ao meu coração trazes o teu calor,
E quando chegas ao ponto mais alto,
Dou cambalhota de contentamento,
Só vais a meio do teu grande salto,
Entre o acordar e o teu novo relento.

Quando desces para o meu horizonte,
Baixas o brilho para que possa olhar,
Espero que o teu coração se desmonte,
Para o juntar quando chegar o luar,
Estou a sorrir porque já é fim de tarde,
Talvez não seja só um entardecer,
Agora a vida é uma eterna novidade,
Desde que acordas ao anoitecer,
Vou-te abraçar até voltares a nascer.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Retrato.

Há quadros que demoram a vida inteira a terminar,
Porque cada amanhecer traz um novo pormenor,
Na tela há sempre espaço para um gesto e um olhar,
No guache há a vontade de o amor ficar maior.

Na mistura celeste das cores mais sentimentais,
Deciframos outro mundo para lá do firmamento,
Num achado de arco-íris de mil cores e ainda mais,
Mil gestos num só quadro, mil cantos de momentos.

O quadro amadurece como nós e como a vida,
Entre nós não há o tarde somos o momento exacto,
Porque mesmo quando a Barra for memória antiga,
Estaremos lado a lado a pintar nosso retrato.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Álbum de emoções.

Somos peças de um puzzle, margem um do outro,
Entre elos e ligações talvez sem explicação,
Tentamos contrariar este mundo quase louco,
Numa chávena de afectos que aumenta o coração.

Na química das luzes que se acendem sem partir,
Iluminamos os sorrisos no meio da escuridão,
Em tubos de palavras sobre todo este sentir,
Os gestos e viagens desde aquele final de Verão.

Somos álbum de emoções de lugares e momentos,
Como uma cartolina com mensagem especial,
Abraçados em jangadas desfolhadas pelos ventos,
Em viagem com principio, com destino e sem final.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Devo-te um Amo-te.

Talvez nunca tenhas noção,
Do que sinto desde aquela areia,
Porque mais do que recordação
És um sonho para a vida inteira,
Cada passo que dou no caminho,
Procuro ir na tua direcção,
Ao teu lado não estou sozinho,
Sei que te posso dar a mão.

Já tens uma metade só tua,
No espaço daquilo que eu sinto,
A face mais brilhante da lua,
No quadro do amor que pinto.
Ao teu lado é sempre verão,
O nosso céu é sempre estrelado.
Mas desculpa meu coração,
Por vezes sou um astro apagado.

Amo-te

sábado, 14 de janeiro de 2012

Contigo.

Nem sempre é fácil lutar a cada novo amanhecer,
Nem sempre é possível ganhar, mesmo sem perder,
Às vezes o céu está cinzento e há um frio que sufoca
Há dias perdidos no tempo em que tudo se desfoca.

Nem sempre é fácil guardar uma lágrima escondida,
Mas é bom demais constatar que estás na minha vida,
Às vezes em dias de chuva corro para me abrigar,
No piso molhado da rua sinto estar a escorregar.

Mas contigo eu sei dar um passo em frente,
Só contigo estarei num lugar mais quente,
Porque tu és o zoom para eu ver melhor,
Porque tu és o lume que me trás o amor.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Nesse mundo.

No meu mundo há uma janela para te ver sorrir,
Quando passas pela rua e acendes o meu espaço,
Debruço-me atento deixando o meu corpo sentir,
Como se ganhasse asas e mergulhasse num abraço.

No teu mundo há um caminho que eu vejo daqui,
Está em redor de tudo, está por dentro de um olhar,
Desato o medo de alturas e entrego-me a ti,
Sei que do teu lado, dissipa-se o meu medo de falhar.

Espera por mim,
Desço já ao rés-do-chão,
Vou entrar pela janela,
Dentro do teu coração,
Deixa-me entrar,
Os mundos estão de frente,
Se saltar para te abraçar,
Sei que vou querer,
Abraçar-te para sempre.

No nosso mundo há certezas que não quero largar,
Adivinhas o que sinto, tu sabes quem eu sou,
Não podia deixar que passasses sem te mostrar,
Que o amor que já sentia, ao passar de cada dia,
Aumentou.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Arco-íris.

Por cada novo dia ao teu lado,
Quero mil para pintarmos o futuro,
Trazemos as cores daquele passado,
De jangadas num porto seguro.
O arco-íris que nós somos é imenso,
Inventamos novo tom para sentir,
Ficamos simplesmente em suspenso,
A pintar as nossas formas de sorrir.

Por cada nova forma de relato,
Eu ouço, compreendo e me fascino,
Pinto os nossos sonhos num retrato,
Que desejo transformar num destino,
Porque já tenho tanto em pensamento,
Porque os sonhos são para se realizar,
Eu lembro o sonhar de outro tempo,
Quando foi a hora de te conquistar.

Por cada nova viagem a fazer,
Lembro aquelas que estão no coração,
Neste mundo temos muito a conhecer,
Como ligar a cada sítio uma canção.
Porque um pássaro de fogo nos marcou,
És uma espécie de outra margem de mim,
Numa praia que em pegadas se tornou,
Num futuro, num arco-íris, num jardim.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Buscar.

Saio de casa para te ir buscar,
Visto um casaco, a noite é gelada,
Tenho a lua para me iluminar,
E a ti se quiseres ficar de madrugada.
Saio e penso que a vida se faz,
Junto de quem nos dá algum sentido,
E mesmo que o tempo voltasse atrás,
Sairia de casa para ficar contigo.

Sigo esta estrada para te acolher,
Ouvir o relato de mais um dia teu,
Por fim saberás o que tenho a dizer,
Que és e serás um orgulho tão meu.
Espero um dia voltar-te a buscar,
Sem ter de partir antes de amanhecer,
Que seja sinal de que posso te amar,
No resto dos dias que houver a viver.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Lar.

Lar.
Chegar, partir, voltar.
Ficar sem querer largar,
Não a casa, mas o lar.
Paredes que sabem abraçar,
Silêncios que sabem compreender,
Portas que se abrem sem fechar
Quando o mundo sem limites faz perder.

Lar.
Criar, lutar, amar.
Família apertada num só ar
Sem sufocar. Lar.
Mãe que nos sabe dar a mão,
Pai que nos sabe dar verdade,
Mulher que nos faz ter coração,
Filhos que trazem a eternidade.
Sonhar, sonhar, sonhar,
Tu. Lar.

Recordar.

Lembro-me das loucuras para tentar chegar a ti,
Ir sem ter certezas se sequer te poderia olhar,
Foram tantas aventuras para tu ficares aqui,
Neste lugar mais dentro onde podemos amar.

Lembro-me de pensar que a sorte não existia,
Lembro-me de chorar porque tu merecias mais,
Lembro-me de acordar sempre em cada novo dia,
Na esperança de um sorriso em forma de teus sinais.

Levamos nas memórias desta história tão bonita,
Imagens e momentos impossiveis de esquecer.
Se formos resumir o que já vivemos e que fica,
Bastam só duas palavras: o amor e o viver.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

É tanto.

São tantas as coisas a dizer,
Que faltam palavras para explicar,
Não paro nem um dia de escrever,
Poemas consequência de te amar,
Há tanto nas nossas entrelinhas,
Há tanto por detrás deste sentir,
Nós somos muito mais que rimas,
Nós somos este amor no seu fluir.

São tantas emoções a partilhar,
Que faltam lugares para as viver,
O mundo não chega para te amar,
Só o universo nos pode perceber,
Há tanto passado que é presente,
Há tanto do futuro já sonhado,
Somos um pedaço transcendente,
Verso de um poema inacabado.

São tantos os gestos já trocados,
Que faltam cantinhos para guardar,
Os sorrisos e os olhares apaixonados,
Desde a praia e até te conquistar,
Há ainda mil balões para largar,
Há ainda mil caminhos a fazer,
Vamos ser sempre a história a editar,
Só se edita no final de se escrever.

Seremos.

Posso pedir-te um favor?
Vou sussurrar-te baixinho.
Não deixes fugir o amor
O teu jeito e o teu carinho.
Sejamos sempre a surpresa,
Pegada de um só sentir,
Abraçados nesta certeza,
Que o melhor está para vir.

Posso pedir-te um gesto?
Vou olhar-te bem fundo.
Voemos dentro dos balões,
Para dar a volta ao mundo,
Vamos lembrar a jangada,
Onde andámos rumo a nós,
Quando o mundo sem dar nada
Só me dava a tua voz.

Posso-te pedir-te por tudo?
Façamos sempre viagens.
O nosso amor não é mudo,
Tem mil e uma mensagens,
É impossível esquecer,
Tudo aquilo que já vivemos,
Há tanta coisa a escrever,
Porque mais do que somos,
Seremos.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O entardecer

Sabes que te espero, ao entardecer,
Para mais uma nossa conversa,
Em ti há sempre algo novo a conhecer,
Em cada dia que foge com pressa.
Sou o teu ouvido que acolhe o cansaço,
Sento-me simplesmente a olhar-te,
Esperando que chegue a hora do abraço,
De um gesto mais profundo e amar-te.

Contas o teu dia nessa tua voz segura,
de quem vai sempre lutar por mais,
e de súbito apagas a minha amargura,
de falhar perante os meus ideais.
Chego mais perto do teu porto de abrigo,
Porque aí sinto que sou melhor,
Nas horas que chegas e em que contigo,
Me motivo para um dia ser maior.

Espero cada entardecer,
Por mais que esta sensação,
De que vens para me envolver,
Ou simplesmente dar a mão,
Porque tu já me conheces,
Sabes dar-me nova cor,
E por tudo, tu mereces,
Os meus gestos neste amor.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Tu tens.

Tens-me dado a tua mão para eu não ir ao fundo,
Tens-me dado o teu sorriso em jeito de estou aqui,
Tens-me dado só em gestos do melhor que há mundo,
Tens-me dado mais vontade de ficar perto de ti.

Tu tens sido o ouvido que já quase ninguém tem,
Tu tens sido aquele discurso que por vezes é preciso,
Tu tens sido o abraço que não tenho em mais ninguém,
Tu tens sido o meu amparo quando dizes que consigo.

Tu mereces toda a sorte e a minha dedicação,
Tu mereces o carinho, o meu afecto e muito mais,
Tu mereces mais que um livro ou uma simples canção,
Tu mereces que os momentos sejam todos especiais.