sexta-feira, 27 de abril de 2012

És tu o sinal.

Quando te vejo fico a questionar,
Porque é que a sorte me escolheu a mim,
Para ser aquele que tu queres abraçar
E ficar a olhar num banco de jardim.


O mundo que olha pode reparar,
No meu sorriso tão esclarecedor,
Não dá sequer para se duvidar
Que este balançar só pode ser amor.


És tu o sinal,
Que torna o tempo especial,
Tornas cada segundo
O melhor tempo do mundo.
És tu essa cor,
Que dá sentido ao amor,
Pintas cada segundo
Da melhor cor do mundo.


No relógio vejo o tempo parar,
A passearmos pela madrugada,
Só peço ao tempo para avançar
E para nos levar de volta à estrada.


Se hoje ao mundo eu quero gritar,
É porque sei que tu vais estar aqui,
Só à distância do meu sussurrar
Para confessar que gosto de ti.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Marca simbólica.

Já após alguns anos do começo,
Continuo a acreditar na poesia,
É um refugio onde me reconheço,
Onde guardo uma réstia de cada dia,
Hoje deixo uma marca e não mais,
E recordo todo um livro de momentos,
Todos eles com motivos especiais,
Motivos esses que chegaram a duzentos.


É importante não deixar de referir,
A existência de uma fonte de inspiração,
Por tudo aquilo que me tem feito sentir,
O sentimento que me trouxe ao coração,
Tantos poemas dedicados já mereceu,
Tantos mais escreverei se for preciso,
São memórias de uma historia que nasceu,
De um gesto, de palavras e um sorriso.


Hoje escrevo não só para relembrar,
Porque sinto que há tanto para dizer,
Nem tão pouco o que quero é celebrar,
Duas centenas de memórias do viver,
Hoje escrevo contra o medo de falhar,
Hoje exalto quão feliz se possa ser,
Hoje sonho o meu sonho de te amar,
Hoje sei que amanhã te vou escrever.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Um café de tarde.

Hoje estou em estado pensativo,
A olhar duas cadeiras com história,
Associadas ao sonho de estar contigo,
E ao inicio do que temos em memória,
Hoje olho simplesmente com saudade,
De um café que tem o sabor de convite,
Hoje olho e sinto ainda mais vontade,
De ficar mais dez mil horas a ouvir-te.

Hoje lembro o nervosismo que sentimos,
Camuflado em discursos sobre os dois,
Nos intervalos dos relatos lá sorrimos,
Prévio reflexo do que iria haver depois,
Neste presente que outrora foi sonhado,
Naquele passado de uma tarde de Verão,
Quando eu já era totalmente apaixonado,
E já escrevia para dar voz ao coração.

Hoje trago os mesmos sonhos dessa altura,
Da mesma forma que os vou realizando,
A minha esperança é um estado que perdura
Em surpresas que aos poucos vou criando,
Hoje olho e vejo réstias de verdade,
De sentidos, sentimentos e emoções,
Que ficaram na história daquela tarde,
De um café que despertou dois corações.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

De data em data.

Se me tentar lembrar da primeira vez,
Em que fizeste estremecer o coração,
E em viagens regressar a esse mês,
Que ficará eternamente naquele Verão,
Respiro fundo no silêncio de um sorriso,
É o espelho do que trago no meu peito,
E mais do que teres sido o que preciso,
Tens deixado o meu mundo mais perfeito.

Tudo passa mas não passa ao esquecimento,
Tudo fica quando tudo faz sentido,
Quando tudo é muito mais que um momento,
E um momento é muito mais se estou contigo,
Temos sido qualquer coisa transcendente,
Que se torna tão difícil descrever,
Transcendemos dia a dia o que se sente,
Quando tanto ainda temos para viver.

Não importa se é um dia ou meio ano,
Mas talvez tudo o que vamos construindo,
Não na rotina de dizer que eu te amo,
Mas nas surpresas que ao dizê-lo vão surgindo,
A cada dia faço tudo para te dar,
O que mereces com toda a dedicação,
Para que um dia te decidas a aceitar,
O que voou dentro dos sonhos de um balão.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Futura nostalgia.

Haverá sempre algum dia para voltar,
A outros dias que ficaram na memória,
Com diferenças nos caminhos a trilhar,
E acrescento de mais linhas na história,
Porque temos dado passos com firmeza,
Descoberto novos mundos por aí,
E eu encontrei nesta espécie de certeza,
Mais vontade de ficar perto de ti.

Nesta espécie de sabor sem descrição,
Numa entrega à natureza tão subtil,
Cada passo é balão de ar para o coração,
Que ficará no nosso álbum deste Abril,
Nos sorrisos tão constantes como brisa,
Na partilha de emoções no mesmo chão,
No moinho abandonado que precisa,
Que no fundo alguém também lhe dê a mão.

Tudo isto para no fundo confessar,
Que adorei as consequências deste dia,
Uma delas é não parar de me lembrar,
Outra será a invasão de nostalgia,
Porque em nós temos tudo para ser,
Um futuro de magias de passados,
Mas com muita mais vontade de viver,
Os lugares ainda não desvendados.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

A sorte de um sonho.

Se amar-te não for mais que consequência da sorte,
Que a sorte venha várias vezes,
Eu deixo a porta aberta para que sempre se note,
Que és o sonho de todos os meses.

Se ter-te não foi mais que um desfecho impossível,
Eu levarei sempre tudo a jogo,
Hoje sei o significado da palavra incrível,
Quando a teu lado contemplo o fogo.

Se hoje tudo é diferente é porque tudo começou,
De uma forma alternativa,
Com a sinceridade e um olhar de quem lutou
Por uma coisa que quer pra vida.

Se a sorte foi então a chave do teu coração,
Tentarei dar um sentido,
A cada dia ou estação, cada pôr de sol de Verão,
Porque sonho ficar contigo.

Arquivo interior.

Se temos um arquivo infindável bem cá dentro,
É porque é bom guardar um ou outro momento,
Se temos a rotina de filtrar para guardar
É porque é bom recordar
O que nos faz suspirar.

Somamos pela vida tanta espécie de vivência,
À medida que somamos outro tanto de experiência,
Somamos pela vida as razões para pensar,
Nos momentos de avançar
No que queremos lembrar.

Com a memória não adianta parar para discutir,
É dona do seu nariz e nem sempre nos deixa decidir,
Geralmente ela gosta de histórias de encantar,
Mas por vezes faz lembrar
Algo que nos fez chorar.

Se tenho esta vontade de falar de recordações,
É porque dormem bem dentro dos nossos corações,
Se há coisa que pretendo essa coisa é preservar,
O que fiz para conquistar
O teu jeito de me amar.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Uma prenda será pouco.

Queria dar-te uma prenda mas que fosse algo concreto,
Por me teres dado mais que água quando andava no deserto,
Queimas-te a distância nesse lume de estar perto,
És farol de nevoeiro e o meu foco no incerto.

Porque tu mereces tanto decidi fazer-te um livro,
Com retratos das histórias onde te fiz um sorriso,
Na esperanças que as palavras mostrem o sentido
Das viagens e dos sonhos que ainda sonho contigo.

Mas um livro ainda é pouco quanto tu mereces tanto,
Apesar de recordar a tua cara de espanto,
Haverá talvez maneira de aumentar o teu encanto,
Se vivermos emoções em cada página em branco.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Obrigado.

Ao passar de cada dia o sonho ganha nitidez,
Vejo flashes do passado e tudo o que já se fez,
Hoje paro, reflito e escrevo para agradecer,
O seres tanto em tão pouco no teu jeito de ser.

Se te devo a estabilidade? Talvez parte, talvez toda,
Se te devo esta vontade? Devo tanto do que faço,
Se te devo essa amizade, para ti então que eu corra,
Se te devo esta saudade, devo uma estrela do espaço.

Sei que lá no fundo tu não gostas que agradeça,
Para mim é importante tu saberes que valorizo,
O teu olhar, olhando ao olhar nunca se esqueça,
Que olho e ao olhar-te tu és tudo num sorriso.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

À moda antiga.

Às vezes é preciso ver a oportunidade,
Saber avaliar quando já não se faz tarde,
Às vezes é preciso pôr uma auto questão
Saber quando dar a mão
Se palpita o coração.

Às vezes é preciso conhecer-se por dentro,
Saber contrariar o impulso e o momento,
Às vezes preciso carregar-se no travão
E tocar uma canção
A quem nos toca o coração.

Às vezes é preciso saber ao que dar valor,
Se um dia de aventura ou uma vida de amor,
Às vezes é preciso dissipar a confusão,
Saber onde está o chão
Que nos leva ao coração.

Às vezes é preciso ser do tempo da avozinha,
Amar com sentimento e não ser mesquinha,
Às vezes é preciso ignorar a multidão,
Se os valores que nos dão
Fazem bem ao coração.

Às vezes é preciso ter postura e assumir,
Se se gosta só por moda ou se gosta por sentir,
Às vezes é preciso encher de ar um pulmão,
E voar como um balão
Até chegar ao coração.

Às vezes é preciso parecer-se antiquado,
Só para não parecer mal ao ficar apaixonado,
Às vezes é preciso manter viva a tradição,
E dizer com convicção
Que te amo coração!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

O tempo.

O tempo é efémero para ser maltratado,
Talvez até esquecido ou desaproveitado,
O tempo tem um tempo não recua ao passado,
Recua só na memória do que tenho travado.
Se o tempo se decide a esgotar num instante,
Lembramos que esquecemos o mais importante,
Desiste-se dos sonhos às vezes em flagrante,
Mas à exceções à regra neste mundo gigante.

O tempo dá-nos tempo no momento certo,
Se andarmos sempre alerta e de olho aberto,
Para corrermos o longe e ficarmos mais perto,
Do sonho de uma vida que parece incerto.
O tempo abre janelas e dá tempo à Lua,
Para que ela nos dê tempo para a Linha do Tua,
Ou um simples passeio com bom tempo na rua,
Não há sonhos entre nós que o tempo não flua.

Descubro que o tempo dá-me mais que poesia,
Desdobra-se em surpresas no meu dia-a-dia,
Deixa que me adormeças só por telepatia,
Em tempo percebi o que o tempo me dizia.
O tempo é efémero para não ser vivido,
O vento trouxe o tempo de eu ficar contigo,
E se houver mais vento não corremos perigo,
Paramos algum tempo num porto de abrigo.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Às vezes é preciso.

Às vezes é preciso dar cordas à vida,
Talvez trocas as pilhas do lugar de uma ferida,
Inverter os ponteiro do nosso dia a dia,
Que não seja mais um mas que seja magia;
Às vezes é preciso enveredar por caminhos,
No fim já lado a lado e no início sozinhos,
Fazer contas ao tempo mais devagarinho,
Não sermos marionetas do nosso destino.

Ainda temos tempo para um último sopro,
Para unirmos margens como margens do Porto,
Às vezes é preciso repousar e absorto
Lutar por algum sonho que já dão como morto.
O tempo não é mais que algo rotativo,
Que sabe ser amigo como sabe ser perigo,
Que foge sem aviso no passo decisivo,
No momento chave do sonho pretendido.

Contente fico eu por não ter descurado,
Do que havia pensado e havia sonhado,
Num desejo tão claro de ficar ao teu lado,
Não sabendo se era certo ou era errado,
Às vezes é preciso dar cordas ao presente,
O futuro que se esconde precisa de corrente,
E ao lembrar o passado fico tão sorridente,
Às vezes é preciso dar voz ao que se sente,
E tu tens sido o ouvido da margem em frente.