quarta-feira, 4 de abril de 2012

O tempo.

O tempo é efémero para ser maltratado,
Talvez até esquecido ou desaproveitado,
O tempo tem um tempo não recua ao passado,
Recua só na memória do que tenho travado.
Se o tempo se decide a esgotar num instante,
Lembramos que esquecemos o mais importante,
Desiste-se dos sonhos às vezes em flagrante,
Mas à exceções à regra neste mundo gigante.

O tempo dá-nos tempo no momento certo,
Se andarmos sempre alerta e de olho aberto,
Para corrermos o longe e ficarmos mais perto,
Do sonho de uma vida que parece incerto.
O tempo abre janelas e dá tempo à Lua,
Para que ela nos dê tempo para a Linha do Tua,
Ou um simples passeio com bom tempo na rua,
Não há sonhos entre nós que o tempo não flua.

Descubro que o tempo dá-me mais que poesia,
Desdobra-se em surpresas no meu dia-a-dia,
Deixa que me adormeças só por telepatia,
Em tempo percebi o que o tempo me dizia.
O tempo é efémero para não ser vivido,
O vento trouxe o tempo de eu ficar contigo,
E se houver mais vento não corremos perigo,
Paramos algum tempo num porto de abrigo.