sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Memórias.

Há momentos a nunca esquecer,
Desde praias de outrora no Verão,
E os concertos que nós fomos ver,
E a canção em que demos a mão,
São tantas memórias guardadas,
De mais trilhos e passos comuns,
Que demos em mil caminhadas,
E em balões que voaram alguns.

Há momentos que marcam a vida,
Tal como uma pegada na areia,
Ou uma página em branco sentida,
Ou a viagem ao Minho, primeira,
Há linhas mais Tuas que minhas,
E são rotas de tudo o que fomos,
E se tu ao meu lado caminhas,
É porque cada vez mais Somos.

Há momentos a voltar a reler,
Dia um com filmes a relembrar,
Subidas que vamos sempre fazer,
A Caramulos e Estrelas a brilhar,
Há lumes que estão cá dentro,
Há livros que não têm valor,
Somos mais que um momento,
Somos simplesmente amor.

Há momentos que diz o olhar,
O que a voz não sabe dizer,
Se eu agora te pudesse falar,
Diria amo a tua forma de ser.
E este ano teve mil memórias,
Que jamais iremos esquecer,
Porque as nossas histórias,
Têm tanto ou tudo a escrever.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Vale de Estrelas

Vamos andar sob este sol de Agosto,
Vou-te abraçando porque é Dezembro,
Aqui no alto o frio gela o rosto,
Mas eu aqueço com o que me lembro,
Do que as viagens foram para nós,
Do que é partir sem pensar voltar,
Num sentir em caminhada a sós,
Onde há sempre tanto a partilhar.

Vamos ser nós mesmos um farol,
Quando abraçados a olhar lagoas,
Iluminados por um imenso sol,
Que ficarás nestas memórias boas,
Do que as viagens são cada vez mais,
Não na distância mas no nosso sonhar,
Nessas subidas tão emocionais,
Quando descemos para o vale glaciar.

Vamos guardar em nós este cume,
Tentar sempre subir mais um passo,
Porque as viagens para o nosso lume,
São combustível para tocar o espaço,
Vamos lembrar toda aquela estrada,
E as paragens para poder vê-la,
Quando abraçados sem pensar nada,
Viajámos pela Serra da Estrela.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Serei.

Deixa-me ser a surpresa,
Nos caminhos que há por aí,
Tornar o incerto em certeza,
Quando estiver junto de ti,
Sei que nunca serei um rei,
Talvez nunca sejas rainha,
Mas há uma coisa que sei,
És o maior sonho que tinha.

Deixa-me ser uma chama,
Que o gelo não pode apagar,
O frio não é de quem ama,
Tão pouco de quem tem luar,
Sei que nunca serei pólo norte,
Mas tu és a estrela polar,
Com esse brilho tão forte,
Capaz de me orientar.

Deixa-me ser aquele livro,
Que vais sempre querer ler,
Nas linhas do que eu te digo,
Em cada novo amanhecer,
Sei que nunca serei escritor,
E nunca serei mais do que eu,
Mas sei que tenho um amor,
Já escrito, editado e é teu.

Pólos.

Não me importa a inversão dos pólos quando na essência és tu,
Não deixando de o ser em qualquer variação lunar,
Porque nestes magnetismos internos a atracção és só tu,
Porque mesmo quando és lua nova estás lá para me iluminar.

Conquistou-me esse teu universo onde há tanto a conquistar,
A cada novo dia de sonhos roubar-te algo que eu preciso,
Porque mesmo quando houver nevoeiro e não te puder olhar,
Farei tudo deste lado do mundo para ganhar o teu sorriso.

Não importa as variações momentâneas porque somos momentos,
Somos algo transcendente que só nós sabemos compreender,
Porque nós mais que pólos e luas somos um mundo de sentimentos,
Porque mesmo se o sol se atrasar eu vou estar lá para te envolver.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Trilhos de laços.

São dias diferentes noutro mundo a construir,
Olhando em redor desfrutando da paisagem,
Em trilhos esquecidos a descer e a subir,
Levando na memória um paraíso selvagem.

Os caminhos fortalecem os laços entre nós,
Uma fotografia para mais tarde recordar,
Ouvir naqueles silêncios o som da tua voz,
Como se eu fosse rio a desaguar no teu mar.

Não esqueço nenhum trilho feito pelos dois,
Em que o coração salta mil saltos num só pulo,
São dias tão especiais para recordar depois,
Como este, lado a lado, pela Serra do Caramulo.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Passeio nocturno.

Já são horas de sair,
Vou aí para te buscar,
Para te fazer sorrir,
Em conversa a divagar.
Sento-me num banco,
Aguardo o teu abraço,
Partilhando o espanto,
Que é o céu e o espaço.

Está na hora das estrelas,
Lua certa para acender,
Os incensos e as velas
E o lume do nosso ser,
Abre o fundo da alma,
E deixa-me mergulhar,
Nessa tua maré calma,
Nesse teu jeito de olhar.

Deixa vir a madrugada,
Sou farol dos recantos,
Nesta noite iluminada,
Pelos teus encantos.
Deixa vir nova aurora,
Vem nascer em mim,
Eu não vou embora,
Vou ficar no teu jardim.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Magias.

Numa espécie de um novo dialecto,
Num sussurro tão profundo e secreto,
Quero mostrar os resultados das contas que a vida faz.
Logo agora dissipado o incerto,
Com o futuro ao teu lado em aberto,
Quero somar-me à tua vida e guardar tudo o que me dás.

Num secretismo de dois grãos de areia,
No teu olhar reflexo da lua cheia,
Vou dividir-me a ocupar o espaço do teu coração,
Porque ao olhar-te vem-me tudo à ideia,
Principalmente as tais pegadas na areia,
Que tu trilhaste em plena praia na minha direcção.

Talvez agora ao ver passar o tempo,
Guardando em mim cada nosso momento,
Sei compreender que há magias num simples conquistar,
Dou-te um abraço e ato com sentimento,
Nesta jangada com as velas ao vento,
Vou navegando pelos dias respirando o teu ar.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Em ti.

Vejo em ti, um jeito particular de estar,
Ouço em ti, a palavra decifrada que é preciso,
Tu não deixes de ter esse feitio semi-lunar,
A oscilar e a iluminar,
Entre um abraço e um sorriso.

Sinto em ti, um toque especial no olhar,
Junto a ti, todas as razões têm o seu sentido,
Tu não deixes de ser a minha estrela polar,
A orientar e a desfrutar,
Ser feliz é estar contigo.

Vejo em nós, um universo repleto a conhecer,
Somos nós, as montanhas do mundo a conquistar,
Tu não deixes de ter essa força de viver,
Esse teu jeito de ser,
Esse teu jeito de amar.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Bilhete.

Tenho em mim o teu bilhete,
Para a viagem da tua vida,
Anexei mais um lembrete,
Para te lembrar a partida,
E dizer-te que a bagagem,
Já está cheia de emoções,
Dá-me a mão nesta viagem,
Rumo aos nossos corações.

Traz o teu casaco vermelho,
Para contrastar com a rotina,
Essa que se vir ao espelho
O que somos, desanima,
Porque somos a surpresa,
Pelos pontos cardeais,
Porque temos a beleza
E o encanto dos Natais.

Traz uma página em branco,
Eu faço por haver diário,
Preenchendo cada canto,
Deste nosso calendário,
Há viagens de uma vida,
Há mil sonhos a sonhar,
No lembrete diz: Querida,
Vem comigo, vem amar.