sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Memórias.

Há momentos a nunca esquecer,
Desde praias de outrora no Verão,
E os concertos que nós fomos ver,
E a canção em que demos a mão,
São tantas memórias guardadas,
De mais trilhos e passos comuns,
Que demos em mil caminhadas,
E em balões que voaram alguns.

Há momentos que marcam a vida,
Tal como uma pegada na areia,
Ou uma página em branco sentida,
Ou a viagem ao Minho, primeira,
Há linhas mais Tuas que minhas,
E são rotas de tudo o que fomos,
E se tu ao meu lado caminhas,
É porque cada vez mais Somos.

Há momentos a voltar a reler,
Dia um com filmes a relembrar,
Subidas que vamos sempre fazer,
A Caramulos e Estrelas a brilhar,
Há lumes que estão cá dentro,
Há livros que não têm valor,
Somos mais que um momento,
Somos simplesmente amor.

Há momentos que diz o olhar,
O que a voz não sabe dizer,
Se eu agora te pudesse falar,
Diria amo a tua forma de ser.
E este ano teve mil memórias,
Que jamais iremos esquecer,
Porque as nossas histórias,
Têm tanto ou tudo a escrever.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Vale de Estrelas

Vamos andar sob este sol de Agosto,
Vou-te abraçando porque é Dezembro,
Aqui no alto o frio gela o rosto,
Mas eu aqueço com o que me lembro,
Do que as viagens foram para nós,
Do que é partir sem pensar voltar,
Num sentir em caminhada a sós,
Onde há sempre tanto a partilhar.

Vamos ser nós mesmos um farol,
Quando abraçados a olhar lagoas,
Iluminados por um imenso sol,
Que ficarás nestas memórias boas,
Do que as viagens são cada vez mais,
Não na distância mas no nosso sonhar,
Nessas subidas tão emocionais,
Quando descemos para o vale glaciar.

Vamos guardar em nós este cume,
Tentar sempre subir mais um passo,
Porque as viagens para o nosso lume,
São combustível para tocar o espaço,
Vamos lembrar toda aquela estrada,
E as paragens para poder vê-la,
Quando abraçados sem pensar nada,
Viajámos pela Serra da Estrela.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Serei.

Deixa-me ser a surpresa,
Nos caminhos que há por aí,
Tornar o incerto em certeza,
Quando estiver junto de ti,
Sei que nunca serei um rei,
Talvez nunca sejas rainha,
Mas há uma coisa que sei,
És o maior sonho que tinha.

Deixa-me ser uma chama,
Que o gelo não pode apagar,
O frio não é de quem ama,
Tão pouco de quem tem luar,
Sei que nunca serei pólo norte,
Mas tu és a estrela polar,
Com esse brilho tão forte,
Capaz de me orientar.

Deixa-me ser aquele livro,
Que vais sempre querer ler,
Nas linhas do que eu te digo,
Em cada novo amanhecer,
Sei que nunca serei escritor,
E nunca serei mais do que eu,
Mas sei que tenho um amor,
Já escrito, editado e é teu.

Pólos.

Não me importa a inversão dos pólos quando na essência és tu,
Não deixando de o ser em qualquer variação lunar,
Porque nestes magnetismos internos a atracção és só tu,
Porque mesmo quando és lua nova estás lá para me iluminar.

Conquistou-me esse teu universo onde há tanto a conquistar,
A cada novo dia de sonhos roubar-te algo que eu preciso,
Porque mesmo quando houver nevoeiro e não te puder olhar,
Farei tudo deste lado do mundo para ganhar o teu sorriso.

Não importa as variações momentâneas porque somos momentos,
Somos algo transcendente que só nós sabemos compreender,
Porque nós mais que pólos e luas somos um mundo de sentimentos,
Porque mesmo se o sol se atrasar eu vou estar lá para te envolver.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Trilhos de laços.

São dias diferentes noutro mundo a construir,
Olhando em redor desfrutando da paisagem,
Em trilhos esquecidos a descer e a subir,
Levando na memória um paraíso selvagem.

Os caminhos fortalecem os laços entre nós,
Uma fotografia para mais tarde recordar,
Ouvir naqueles silêncios o som da tua voz,
Como se eu fosse rio a desaguar no teu mar.

Não esqueço nenhum trilho feito pelos dois,
Em que o coração salta mil saltos num só pulo,
São dias tão especiais para recordar depois,
Como este, lado a lado, pela Serra do Caramulo.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Passeio nocturno.

Já são horas de sair,
Vou aí para te buscar,
Para te fazer sorrir,
Em conversa a divagar.
Sento-me num banco,
Aguardo o teu abraço,
Partilhando o espanto,
Que é o céu e o espaço.

Está na hora das estrelas,
Lua certa para acender,
Os incensos e as velas
E o lume do nosso ser,
Abre o fundo da alma,
E deixa-me mergulhar,
Nessa tua maré calma,
Nesse teu jeito de olhar.

Deixa vir a madrugada,
Sou farol dos recantos,
Nesta noite iluminada,
Pelos teus encantos.
Deixa vir nova aurora,
Vem nascer em mim,
Eu não vou embora,
Vou ficar no teu jardim.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Magias.

Numa espécie de um novo dialecto,
Num sussurro tão profundo e secreto,
Quero mostrar os resultados das contas que a vida faz.
Logo agora dissipado o incerto,
Com o futuro ao teu lado em aberto,
Quero somar-me à tua vida e guardar tudo o que me dás.

Num secretismo de dois grãos de areia,
No teu olhar reflexo da lua cheia,
Vou dividir-me a ocupar o espaço do teu coração,
Porque ao olhar-te vem-me tudo à ideia,
Principalmente as tais pegadas na areia,
Que tu trilhaste em plena praia na minha direcção.

Talvez agora ao ver passar o tempo,
Guardando em mim cada nosso momento,
Sei compreender que há magias num simples conquistar,
Dou-te um abraço e ato com sentimento,
Nesta jangada com as velas ao vento,
Vou navegando pelos dias respirando o teu ar.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Em ti.

Vejo em ti, um jeito particular de estar,
Ouço em ti, a palavra decifrada que é preciso,
Tu não deixes de ter esse feitio semi-lunar,
A oscilar e a iluminar,
Entre um abraço e um sorriso.

Sinto em ti, um toque especial no olhar,
Junto a ti, todas as razões têm o seu sentido,
Tu não deixes de ser a minha estrela polar,
A orientar e a desfrutar,
Ser feliz é estar contigo.

Vejo em nós, um universo repleto a conhecer,
Somos nós, as montanhas do mundo a conquistar,
Tu não deixes de ter essa força de viver,
Esse teu jeito de ser,
Esse teu jeito de amar.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Bilhete.

Tenho em mim o teu bilhete,
Para a viagem da tua vida,
Anexei mais um lembrete,
Para te lembrar a partida,
E dizer-te que a bagagem,
Já está cheia de emoções,
Dá-me a mão nesta viagem,
Rumo aos nossos corações.

Traz o teu casaco vermelho,
Para contrastar com a rotina,
Essa que se vir ao espelho
O que somos, desanima,
Porque somos a surpresa,
Pelos pontos cardeais,
Porque temos a beleza
E o encanto dos Natais.

Traz uma página em branco,
Eu faço por haver diário,
Preenchendo cada canto,
Deste nosso calendário,
Há viagens de uma vida,
Há mil sonhos a sonhar,
No lembrete diz: Querida,
Vem comigo, vem amar.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Abraçar o depois.

Vamos guardar cada sol de Inverno,
Levar connosco cada cor de Outono,
Chegarmos ambos a um lugar eterno,
Cheios de sonhos de perder o sono.

Vamos lembrar cada réstia de chão,
Olhar em frente, abraçar o depois,
Vamos dar uso às chaves do coração,
Que trocámos entre olhares os dois.

Nós que somos um lugar desejado,
Com todos os passos para lá chegar,
Somos ponte entre futuro e o passado,
Com as mãos dadas nesse caminhar

Vamos deixar só as nossas pegadas,
Levar o resto para nunca esquecer,
Somos mais que memórias guardadas,
Somos os dias que faltarem escrever.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Àrvore de emoções.

Vamos fugir da rotina do que é vulgar mas não é preciso,
Vamos sentar em sintonia e escolher um jogo de cor,
Vamos dar voltas giratórias entre fitas e um sorriso,
Vamos viver as particularidades especiais do amor.

Vamos sonhar os sonhos em forma de dias do amanhã,
Vamos iluminar de arco-íris o que está à nossa frente,
Vamos montar um chão a pisar só com pezinhos de lã,
Vamos ligar certos olhares ainda mais intensamente.

Vamos ser mais do que já somos em tudo o que criamos,
Vamos pintar cada momento com a cor do que sentimos,
Vamos tratar dos nossos sonhos e tudo o que desejamos,
Vamos guardar as emoções destes dias que nos unimos.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Café de sempre.

Vamos voltar à mesa do café da varanda,
À esplanada de sentimentos a nascer,
Vamos servir do amor que não se engana,
Juntar os grãos de tudo o que há a viver.

Vamos mais longe do que recordações,
Vamos mais fundo do que uma conversa,
Vamos juntar aos cafés os corações,
Vamos ficar a ver o sol sem termos pressa.

Só de lembrar o teu sorriso sem jeito,
Tenho vontade de um maior abraço,
Porque há cafés com um sabor perfeito,
Quando tu estás comigo neste espaço.

Vamos tornar este Inverno o primeiro,
Onde o tal café tem um sabor especial,
Com mil pitadas de amor verdadeiro,
Com sabor a cartolinas do nosso Natal.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Passeio Lunar.

Meu amor,
A lua já saiu de casa
e subiu ao décimo oitavo andar,
bateu à nossa porta,
para irmos com ela voar,
vamos vestir o casaco de abraço
e vamos sair por aí,
o sol agora deixou-nos o espaço,
para vivermos a noite que faz aqui.

Meu amor,
A noite puxa a nossa mão,
para que as galáxias nos possam envolver,
em espirais e vias-lácteas,
onde amamos tanto sem perder,
vamos viajar até ao outro lado lunar,
sem lembrar que horas são,
porque mesmo quando o sol acordar,
Traremos para casa, a lua no coração.

Meu amor,
Está na hora de regressar,
abraçar-te na réstia de um lume a desvanecer,
entre brasas e luas a repousar,
que amanhã se voltarão a acender,
vamos deitar os sonhos lado a lado,
a lembrar o nosso voo nocturno,
hoje a olhar-te sonho acordado
e somos margens de um mesmo rumo.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Datas.

Erguemos castelos de emoções desde pegadas na areia,
Provocando colisão de corações que partilham a mesma ideia,
Numa soma de mil canções e refrões em forma de cachoeira,
Mergulhando do alto das sensações no futuro da vida inteira.
Voamos como pássaros de fogo rumo a este nosso norte,
Nesta nossa espécie de jogo onde encontrámos a nossa sorte,
Dando espaço às coisas mais simples como um só abraço forte,
Somos algo que transcende este mundo, por muito que não se note.
Cada dia renovo a vontade imensa de novamente de conquistar,
Embarcar contigo numa jangada para te amar em alto mar,
Sendo o mar de gestos, palavras, de olhares e compreensões,
Sendo nós tudo junto num só sentimento dos nossos corações.
Somos uma espécie de ligação muito mais do que especial,
Como alguém que larga um balão numa espécie de radial,
Transformando em recordação eterna o que podia ser banal,
Um sim, um choro e um sonho que chega com música de natal.
Iremos ficar e mais que escrever vamos viver com nova cor,
Vamos pintar a nossa existência com os nossos tons do amor,
E mais que lembrar vamos sorrir com tudo aquilo que já se fez,
Somos séculos de cumplicidade, muito mais que um simples mês.

sábado, 12 de novembro de 2011

Hoje, mais.

Hoje sinto mais e mais o que é sentir na realidade,
Hoje quero em sinais chegar bem mais perto de ti,
Hoje sonho o teu abraço para acabar esta saudade,
Hoje trago-te ao colo entre os luares e até aqui.

Hoje sinto que há bem mais do que simples existir,
Hoje quero relembrar mais momentos do passado,
Hoje sonho que o melhor ainda está para se ouvir,
Hoje trago no meu peito mais um sonho desenhado.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Tua água.

Neste dia escrevemos mais momentos a lembrar,
Entra água que escorria e palavras ao ouvido,
Sem esquecer a felicidade que tive ao te abraçar,
E sentir que nesta vida estou a caminhar contigo.

Tudo junto, tão diverso, somos páginas em branco,
Repletas de emoções desde a luz daquele farol,
Hoje fomos em segundos capas negras de encanto,
E acendemos entre a chuva um pedacinho de sol.

Minha margem, minha mão, seguirei a desejar,
Ser um orgulho para ti, tal como tu és para mim,
Hoje foi mais uma linha para sempre recordar,
Somos transcendência, somos um, somos sim.

domingo, 6 de novembro de 2011

Palavras silênciosas.

Há momentos moldados com lumes acesos somente,
Com sorrisos rasgados e um olhar mais confidente,
Com palavras de silêncios aos milhares de uma só vez,
E memórias lembradas de todos os gestos que já se fez.

Peço cinco minutos, passam dez ou vinte num instante,
Num fogo que permanece e cada vez é mais brilhante,
Entre brasas dispersas e sonhos trocados no nosso olhar,
Entre abraços sentidos e uma vontade de te embalar.

Regressamos ao dia de pegadas na areia e de emoções,
Feito de inesperados e sonhos criados nos corações,
Que fazem caminhar em diários de amor a conquistar,
E fizeram voar dois balões com mais cor naquele luar.

Nesta noite sentida em que o lume dança só para nós,
Sussurrei que te quero ao meu lado com a minha voz,
E no olhar do até já falei mais do que sem falar,
Numa espécie de adeus em que te pedia para ficar !

sábado, 5 de novembro de 2011

Quatro Ventos.

Vou largar-me aos quatro ventos,
Abraçado nesse alto lugar de emoções,
Onde o norte e o sul dos momentos,
Dão as mãos e os silêncios nas suas razões.

Vou perder-me do lado ocidente,
Ansiando o teu brilho de noite para mim,
Adormeço voltado ao lado oriente,
Para nascer novo dia ao teu lado e assim;

Girar pelos pontos cardeais,
Entrelaçar-me sempre mais,
Na latitude do que fomos,
Na longitude do que iremos ser,
Fazer o vento soprar mais,
Tornar os sonhos mais reais,
Neste equador que somos,
Nesta imensidão de querer.

Qualquer coisa em nós.

Encontrei-te num trilho
Outrora escuro e deserto,
Sendo agora um caminho,
Onde o longe se faz perto
Porquê?
Há qualquer coisa em nós.

Descobri nos luares
De um céu agora mais limpo,
Que o medo de falhar,
Foi embora e que eu sinto
O quê?
Que há qualquer coisa em nós!

Decifrei nos olhares
Trocados nessas viagens,
Que o meu sonho é ficares,
E seres mais que miragens
Porquê?
Há qualquer coisa em nós.

Somos parte de um mundo que é feito de pedaços,
Entre sonhos vividos damos nós em mais laços,
Transcendemos o mundo nos momentos de abraços,
Somos mais que um caminho, somos os nossos passos !

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Ao teu lado.

Sentado ao teu lado a ver-te crescer,
Nessa ânsia de seres mais entre o ser e o aprender,
Sinto orgulho em puder ser parte do teu viver,
E ser parte do teu sonho e daquilo que queres ter,
Na tua vida, que com gestos, consegui surpreender!

Sentado ao teu lado a admirar-te intensamente,
Estou imerso em felicidade por seres algo diferente,
Por seres tudo em especial, a tocar o transcendente,
Por poder dar-te um abraço e sentir profundamente,
Que te quero na minha vida de forma permanente,
Nas lutas lado a lado e em tudo aquilo que se sente!

Sentado ao teu lado quero ser a outra margem,
Nos caminhos da tua vida e sermos a mesma viagem,
Vivendo mais que sonhos ou que uma simples miragem,
Olhar-te assim de lado e deixar-te uma mensagem:
Somos transcendência, somos tudo, sou por ti!

Mais de nós.

Mais que recordar os dias,
Quero recordar momentos,
Aqueles em que tu me vias,
A abraçar-te em sentimentos,
Quero dar-te o meu mundo,
Quero dar-te um gesto assim,
Em que um simples segundo,
É um mundo para mim.

Mais do que aquelas paisagens,
Vou guardar os seus instantes,
Vou lembrar mais que viagens,
Nos teus olhares alucinantes,
Vou-te querer ainda mais perto,
Porque somos ainda mais,
Um caminho e um rumo certo,
Entre abraços especiais !

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Ficar, sentir, dizer.

Deixa-te ficar,
Neste espaço interior,
Onde podes desfrutar,
De um abraço com mais cor,
E se quiseres relembrar,
O inicio deste amor,
Deixa-te ficar,
Vamos onde o sonho for.

Deixa-te sentir,
Dentro do meu coração,
Que não pára de pedir,
Numa espécie de dlim-dlão,
Que tu fiques a ouvir
Ao meu lado esta canção,
Deixa-te sentir,
Na palma da minha mão.

Deixa-me dizer,
Que és galáxia em espiral,
Que me envolves sem perder,
O mais simples sinal,
Somos mais que escrever,
Um padrão sentimental,
Deixa-me dizer,
Somos tudo em especial.

domingo, 23 de outubro de 2011

Um pôr-do-sol.

Subimos degraus de emoções para ver um anoitecer,
Um pôr-do-sol especial entre palavras a dizer,
Um diário a entregar, uma cena a transformar,
Uma prova do que somos nós, entre o dia e o luar.

Subimos a ver imagens de outrora de forma diferente,
Sorrisos, gestos, palavras, somos mais que um presente,
Somos mais do que sorrir, somos mais que construir,
Somos algo transcendente que só nós podemos sentir!

Subimos ainda mais na hora daquele abraço intenso,
Momentos, lugares perfeitos e o mundo em suspenso,
Entre luzes que acendemos, entre a pressa de partir,
Foi dos momentos mais perfeitos que pudemos sentir !

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O nosso jeito.

Somos passeios nocturnos nem que por breves instantes,
somos sorrisos diurnos profundamente constantes,
somos a cumplicidade sem ter hora ou lugar,
somos a definição da palavra gostar.

Somos balões que regressam em jeito de lembrança,
somos o lume que aumenta como a minha esperança,
somos respostas de sonhos profundamente esperadas,
somos telas vazias mágicamente pintadas.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Linhas Tuas.


Sentados frente a frente,
Perdidos nesta imensidão,
Com o mundo indiferente,
Aos olhares que dão a mão.

Seguimos juntos nos carris,
Partilhando o mesmo chão,
Entre o feito e o que não fiz,
Para entrar no teu coração.

Somos mais que céus e luas,
Somos mais que caminhar,
Somos mais que Linhas Tuas,
Somos algo a conquistar.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Nós.

E se eu for a Primavera,
Que te espera em cada brisa?
E se eu for a flor florida
Que o teu jardim precisa?
Vem então anoitecer,
Vem nascer de novo em mim,
Vamos ser o florescer,
De uma espécie de jardim,
Vamos construi-lo assim,
Eu em ti e tu em mim!

E se eu for a lua cheia,
Que permite ter o amor?
E se eu for a aguarela,
Do que somos com mais cor?
Vem pintar os meus desejos,
Vem sentir mais que um luar,
Vamos ser mais do que beijos,
Nesta espécie de amar,
Vamos construi-lo assim,
Eu em ti e tu em mim!

domingo, 9 de outubro de 2011

Um futuro.

Consegues sem te dar conta tornar um sonho com nexo,
Como num texto resumo do que já te escrevi em verso,
Não só em verso mas prosa, tu és todo o tipo de frases,
És todo o tipo de sonhos que são reflexo do que fazes.
Desdobras certos encontros em profundos momentos,
Abres a porta ao que sinto e eu entro com sentimentos,
Vou conhecendo o teu espaço e vou ficando em ti,
Vou recolhendo os abraços que te farão gostar de aqui.
Quando em fins de tarde me levas correio em mão,
Leio mais do que cartas, leio a mim próprio e o coração,
Faço uma retrospectiva desta história impressionante,
E fico com a perspectiva que seremos algo fascinante,
Talvez sorrisos confessem os que as palavras não dizem,
Talvez os gestos trocados nem de palavras precisem,
Para sentirmos que somos o significado de evolução,
Entre uma página em branco e um livro de emoção.
Estou à entrada do oásis depois de tanto caminhar,
Para desfrutar contigo do por do sol e de um luar,
Para continuarmos na estrada, eu e tu lado a lado,
A construirmos um futuro com que temos criado!

sábado, 8 de outubro de 2011

Somos.

Somos Verões, Primaveras, somos Outonos, Invernos ,
Somos as linhas de um livro, somos capítulos eternos,
Somos amigos do tipo daqueles que hoje não existem,
Nós somos laços atados que a tempestades persistem,
Nós somos mais que explicáveis, não temos explicação,
Nós somos incontornáveis, somos a cor de uma emoção,
Somos o gesto invisível, o abraço forte e sentido
Que surge vindo do nada quando tudo está perdido.
Nós somos mais que palavras, somos história já escrita,
Somos um livro em aberto comigo em tua conquista,
Somos olhos que vêem mais do que a simples distância,
Porque distantes sentimos toda a nossa importância.
Nós somos mais do que passos, somos trilhos traçados,
Nós somos mapas abertos com os destinos cruzados,
Nós somos mais do que factos ou até coincidências,
Somos as probabilidades contrariadas pelas vivências,
Somos mais do que sonho, vamos pintando realidade
Somos o timing perfeito entre o olá e o faz-se tarde,
Somos nós simplesmente, a nossa palma, nossa mão,
E agora eu esperançado em conquistar o teu coração !

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Confidência.

Talvez tu sejas muito mais que uma simples amiga,
Provavelmente és a cor com que eu pinto a minha vida,
Já não consigo imaginar-me sem a tua existência
Porque nós juntos somos tese de uma nova ciência.
O calendário não é mais do que dias que eu conto
Querendo horas em que posso correr ao teu encontro
Largando sonhos, balões, colhendo mais que emoções,
Somos a história que se encaixa em mil e uma canções.
Embarquei numa jangada escrita em página em branco,
Em plena areia da praia com sentimento de encanto,
Com a certeza de querer, mesmo podendo perder,
Cruzar o mundo inteiro para no fim te envolver;
E há mais sonhos a ter, somos pedaços de universo,
Entrelaçados em mãos naqueles momentos que peço,
Para ficares junto a mim, para seres parte de nós,
Na magia dos silêncios quando estamos a sós.
Hoje sinto que nós dois somos mais que momentos,
Somos a soma aritmética de mil e um sentimentos,
Que gesto a gesto ligamos, vivendo o nosso presente,
Porque talvez sejamos a existência de um sempre!

Talvez em praias desertas e com o sol ao fundo,
Sejamos construtores de uma espécie de mundo,
Onde podemos crescer e dia a dia escrever
A mais bela história que alguém pode viver.
Somos viagens sem destino sendo todos num só,
Somos o mesmo caminho, somos um laço e um nó,
Somos relógios parados, somos segundos suspensos,
Somos estrelas de cera , somos momentos intensos.
Por isso eu peço cá do fundo deste meu coração,
Não largues a minha vida, não soltes a minha mão,
Eu quero ser para ti mais que um eterno sorriso,
Ser teu, ficar contigo e ser o porto de abrigo !

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Se a noite for.

Se e a noite for escura demais sem um céu
E não vires o brilho que precisas para te guiar,
Agarra-te aos meus braços e a tudo o que é meu
Decifra um novo mundo deixando-te levar,
Se nessa escuridão não houver estrelas cintilantes
Vamos aprender a pintar novas constelações,
Nas horas em que atamos todos os nossos instantes
Atravessando margens ao som das nossas canções,
Se a noite for fria demais e precises de um abraço
Não penses duas vezes e vem na minha direcção,
Tens sempre a porta aberta de todo o meu espaço
E tens o dom particular de me aquecer o coração,
Se a noite durar por mais noites imprevistas
Eu espero aquela hora em que chegues sorridente,
Dizendo que o meu sonho provocou várias conquistas
Nos teus olhos, nos teus gestos e que ficas para sempre.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Essência.

Não importa que chuva caia dias seguidos
Porque sei que o sol um dia vai brilhar,
Entretanto vou vivendo os sonhos antigos
Que são os de hoje e que amanhã irei sonhar,
Mesmo quando as nuvens ocultam o céu
Nem por isso as estrelas deixam de existir,
Por isso espero entrar nesse mundo só teu
E nesta espera eu luto e ando a sorrir,
Sei que me molho em momentos desprotegidos
Mas que me aqueces ao redor da tua existência,
E nos momentos que a principio parecem perdidos
É quando busco por ti com mais persistência.
Acredito na surpresa das coisas do mundo
Porque até ele se forma a partir do caos,
E acredito que o que sinto é mais que profundo
Mesmo quando passamos por ventos maus,
Não desisto de andar e esperar as horas certas
Para chegar ao teu cais e ao teu abraço,
Porque mesmo de noite até em praias desertas
Somos a essência de uma estrela do espaço.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Preciso.

Talvez tenha montanhas a atravessar,
E mais vales de miragens em busca de ti,
Talvez seja preciso fazer-me ao mar,
Para saber se estás longe ou perto daqui.

Talvez olhe em redor a tentar descobrir,
O caminho mais curto para não te perder,
Talvez sonhe saber o que vem a seguir,
Se estarei ao teu lado no teu anoitecer.

Preciso de saber,
As pegadas do teu jeito,
Preciso de envolver,
Os teus braços no meu peito,
Preciso de encontrar,
Os meus dedos na tua mão,
Preciso de abraçar
E entrar, dentro do teu coração.

Talvez haja silêncios a ter de quebrar,
Em palavras e gestos que há para viver,
Talvez seja sempre hora de te conquistar,
Em cada momento,
Em cada sentimento,
Que eu te faça ter.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Eu sou.

Eu sou o reflexo do teu olhar,
Eu sou as mãos que te querem ver,
Eu sou um dos ares do teu respirar,
Eu sou essas tuas horas a perder.
Eu sou essas ondas do nosso mar,
Eu sou essa areia para te sentir,
Eu sou essa lua do teu luar,
Eu sou o gesto que está para vir.

Eu sou a montanha a renascer,
Eu sou esse rio a correr para ti,
Eu sou semente do teu florescer,
Eu sou o desejo de ficares aqui.
Eu sou o deserto sem solidão,
Eu sou o chão do teu caminhar,
Eu sou os dedos da nossa mão,
Eu sou o retrato do que é sonhar.

Eu sou as velas de algum lugar,
Eu sou o lume que as faz viver,
Eu sou o tempo de te abraçar,
Eu sou o sol para nos aquecer.
Eu sou aquele que já sem pensar,
Eu sou quem diz que te quero ter,
Eu sou quem sonha te conquistar,
Eu sou os momentos a reviver.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Passeios diferentes.

Sentado ao teu lado suspiro para a tela de cinema,
Desejo em segredo escrever contigo a nossa cena,
Mais que histórias de amanhã, viagens do depois,
Vou sonhar e acreditar na existência de nós dois !

Passeio contigo em padrões de luares pintados,
Fugimos e voltamos ao sabor de olhares trocados,
Labirintos de sensações, voltam parques de emoções,
Vou guardar estes silêncios que não têm explicações.

Quero ficar, quero partilhar,
Mais que gestos e palavras,
Quero guardar e relembrar
Estas horas tão raras.
Quero ouvir, quero sentir,
Os teus olhos juntos aos meus,
Quero seguir contigo
Sem nunca dizer adeus.

Abraço-te sem horas com os ponteiros em suspenso,
Agarro este momento e acabo por esquecer o tempo,
Mais do que horas que já vão, parecem eternidade,
Vou guardar no coração, a nossa cumplicidade.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Vou.

Eu não sei se a porta se vai abrir simplesmente
Só com os desejos e sonhos que trago em mim,
Mas os abstractos desígnios da vida sussurram
Para eu não parar de lutar deste jeito assim,
O amanha é incerto como a meteorologia do céu
Que manda chuva sem nada nos anunciar,
Deixando ao nosso critério entristecer com a chuva
Ou sorrir na esperança do sol chegar.
É por isso que andamos entre gotas e raios de luz
Sem perder ou esquecer o nosso norte,
Sabendo que a vida nem sempre é perfeita e seduz
Mas que traz sempre a nossa sorte.
Acredito na possibilidade das coisas difíceis
Que parecem impossíveis de se conquistar,
E acredito na existência de coisas incríveis,
Quando te posso abraçar e olhar.

Vou voar no teu espaço
como pásssaro viajante,
vou cair no teu abraço,
vou ficar mais que um instante.

Eu não sei se a conjectura de tudo vai trazer
A realidade dos sonhos que me fazes ganhar,
Mas sei que a arquitectura da palavra viver
Tem as paredes de te querer alcançar.
Talvez sejas o jardim eternamente florido
Onde colho as cores de uma só fragrância,
Talvez sejas um mapa com todo o sentido
Onde não há longe nem distância.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Razões.

Vamos construindo auto-estradas paralelas
Que se fundem quando menos esperamos,
Neste mundo de profundos desencontros
Que se anulam quando nós nos cruzamos.
Vamos subindo arranha-céus quando a cidade
Está lá mas parece não querer ouvir,
Trepamos andares no prédio dos sonhos,
Certos de que temos asas para não cair.
Por vezes ainda vemos o sinal amarelo,
E corremos para tentar passar no verde;
E no deserto há momentos em que lutamos
E andamos para matar a nossa sede.

Somos nós as razões,
Somos nós os refrões,
De tudo aquilo que escrevemos sem falar,
E é nos nossos serões,
Que chegam as conclusões
Do que na vida ainda há para conquistar.


Multiplicamos razões para dar razão à mente,
Em tudo aquilo que ela vai inventando,
Quando a estrada é feita do que se sente
E com quem nos vamos cruzando.
Nós dois colorimos os cadernos da vida
Quando tudo parecia a preto e branco,
E demos sentido a viagens no espaço
Em balões e sorrisos de espanto.
Somos super-heróis da transformação,
Da unicidade de cada segundo,
Somos sem dúvida em traços especiais,
Das emoções mais belas do mundo.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Estrela do norte.

Vamos viajar onde a surpresa levar os dois,
Há mais versos a escrever, universos a encontrar,
Há mais sóis para iluminar o que vamos ser depois,
Do descanso prometido junto à estrela polar.

Vamos partilhar mais que um só entardecer,
Perder e ganhar horas entre sonhos que há em nós,
Trocar pequenas coisas entre o olhar e o dizer,
Há momentos que flutuam quando nós estamos a sós.

E agora aqui,
Entre o sonho e a caneta,
Sou uma espécie de cometa,
A desejar um abraço forte,
Porque tu és o meu norte.

Vamos encontrar um oásis de meios-termos,
Entre o ir e o ficar sem nunca dizer adeus,
Vamos desfrutar até dos voos mais pequenos,
Sabendo que os meus sonhos neste dia já são teus.

Fica.

Estava em plena escuridão
Já sem nada acreditar,
Já sentado naquele chão,
Já sem lua e sem luar,
Quando tu me deste a mão,
Sem dar mais que um sorriso,
E tornas-te o que era em vão,
No simples gesto que preciso.

Estava em plena tempestade,
Sem um olhar que me cobrisse,
Mas num simples fim de tarde,
Mesmo antes que eu partisse,
Tu chegas-te de surpresa,
Para habitar dentro de mim,
E me fazer ter a certeza,
De querer lutar até ao fim.

Vou então desfrutar dos sonhos e luares,
A noite é fria lá fora, eu quero abraçar-me a ti,
Vou então sonhar com o dia que ao chegares,
Vais sorrir com teu jeito e dizer: quero ficar aqui !

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O banco de jardim.


Atravessámos o país em viagens de emoções,
Trocámos os sorrisos que pintavam o caminho,
Um Norte, um destino ao som de algumas canções,
Ao jeito de um olhar suspeito e de algum carinho !

Perdemos as nossas horas a subir e a descer,
Para que em coisas simples te pudesse encontrar,
Mostrar-te novos mundos em que tu pudesses ver,
Que sonho nas viagens da vida ao teu lado caminhar !

Sonho voltar, quero viajar,
Quero mais um dia assim,
Quero olhar, poder-te abraçar,
Naquele banco de jardim.
Sonho lembrar, o rio a passar,
E o que tu já és para mim,
Vou recordar, vou desejar,
Aquele banco de jardim.

Cruzámos novas pontes que o mundo deu a nós,
Parámos nesse instante todo tempo, todo espaço,
Fingindo que este mundo existe para estar a sós,
Enquanto prolongarmos o tempo do nosso abraço.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Deixa-te levar.

Se as surpresas não são mais,
Que carrosséis imprevisíveis,
Eu acredito muito, demais,
Nos tais supostos impossíveis,
Porque entras-te na mesma viagem,
Porque viajas no banco ao lado,
Porque percebes a minha mensagem,
Porque me lês quando estou calado.

Se as surpresas são inesperadas,
Talvez não queiram ser compreendidas,
Talvez sonhem ser desfrutadas,
Talvez surpresas tenham sete vidas,
Porque embarcas-te no meu carrossel,
Porque tens tudo o que é surpreendente,
Porque és a minha folha de papel,
Porque és o sol daquilo que se sente.

Se a vida te surpreende,
Não precisas de ter medo,
Deixa-te levar,
Só voando é que se aprende,
A agarrar aquele segredo,
Que te faz levitar.

Se as surpresas são como luares,
Obedecendo á vontade das marés,
Que a surpresa seja então ficares,
A surpreender-me com o que tu és,
Porque és mar alto quando quero afogar-me,
Porque és mar calmo quando quero sentir-te,
Porque és onda quando queres abraçar-me,
Porque és surpresa quando quero ouvir-te.

sábado, 3 de setembro de 2011

Parques de emoções.

Num passeio nocturno o céu abriu-se de par em par,
Nas palavras secretas que só contigo quero partilhar,
Há noites em que o mundo não manda, apenas nós,
E há noites em que o nós se reflecte na nossa voz.

Largámos balões cheios demais de alguns desejos,
Trocamos razões para que existisse um simples beijo,
Voámos num laço que ambos largámos sem perder,
Olhámos o espaço em redor e a nós, para não esquecer.

Há passeios assim,
Podem não ter razões,
Mas no fundo, no fim,
Foram parques de emoções.
Há passeios demais,
Dos que tocam corações,
Por trocarmos sinais,
Nos parques de emoções !

Prolongámos as horas que o tempo não quer ver passar,
Esperámos o momento exacto para colidir o nosso olhar,
Sentimos que ao céu já chegou o sonho de quem voou,
Jamais largaremos os sonhos e tudo aquilo que se trocou.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Quarto Minguante.

Procuro-te no céu mesmo quando és lua nova,
Teu jeito é especial mesmo em plena escuridão,
Eu sei que és o toque e tudo aquilo que renova,
A face dessas luas dentro do meu coração.

Procuro perceber porque és sempre uma estreia,
Que eu espero para ver neste mundo de cinema,
É quando surges tu transformada em lua cheia,
Mudando realidades, até mesmo a mais pequena.

És as faces que o mundo me trás,
Se aqui é noite neste instante,
És o reflexo do sol que se faz,
És o meu quarto minguante.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Oh menina.

Oh menina vem baloiçar no sabor das incertezas,
Vem deixar-te levar neste oceano de surpresas,
Acorda, abre-me a porta, eu vou ser os teus ouvidos,
Quando a vida for torta ou quando fores os meus sentidos.

Oh menina vem renascer neste tempo já de Outono,
Vem fazer-me viver mesmo se não souberes como,
Vem aprender comigo a escalar melhor as serras,
Vem ser maior para mim do que as lutas que já eras.

Refrão:

És todas as estações,
Entre o sol e a tempestade,
És perfeitas transições,
Entre o olá e o faz-se tarde,
Que este nós não acabe.

Oh menina vem caminhar sobre as águas do sentimento,
Não me deixes naufragar, sopra forte, és o meu vento,
Oh menina linda vem ser pedaços de tudo e nada,
Vem ser os traços de aurora ao findar da madrugada.

Se ficares.

Quando o vento e a maré,
Não estiverem de feição,
Eu não uso a marcha á ré,
Usarei só o coração.

Quando o céu estiver sombrio,
Fecho os olhos, penso em ti,
Para tapar este vazio;
Não saber se estás aqui.

Para me abraçares, naquele eterno momento
E ficares…

Para tudo e para nada,
Nas horas e nos segundos,
Para a mais simples palavra,
Para criarmos novos mundos,
Para nos pequenos gestos,
Darmos vida a nova cor,
Para pintarmos universos,
Com os nossos tons do amor.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Silêncio da ponte.

Encostados no silêncio,
Que a paisagem nos guardou,
Tu decifras o que eu penso,
E que o rio não levou.

Abraços neste incerto,
Tão pequena eternidade,
Os teus olhos chegam perto,
Antes que se faça tarde.

E que,

O rio me leve a mim ou a ti,
Para mundos diferentes,
Prefiro saber agora e aqui,
Tudo aquilo que tu sentes.

Prefiro ficar no alto da ponte,
A admirar o mundo e o cais,
Antes que o mundo se desmonte,
Sem saber para onde vais.

O meu jogo.

Vou entrar no jogo a perder,
Entrar sem saber se vou ganhar,
Vou jogar só para se puder ser,
Ser mais do que ler o teu olhar.

Venha-me o jogo que vier,
Vou jogar pelo certo, vou-te ouvir,
Vou guardar o ás p’ra quando der,
Ganhar tudo o que tens para sentir.

Refrão:

É o jogo do que se sente cá dentro,
É treinar, e saber que cartas são,
É jogar sem pensar só no momento,
É ganhar simplesmente o coração.

domingo, 28 de agosto de 2011

Porque nós.

Talvez sonhe com o tempo,
Em que mais do que as palavras,
Tu me dês aquele momento,
Em que as coisas são tão raras,
Talvez queira a tua voz,
A sussurrar ao meu ouvido,
Nos momentos em que a sós,
Tudo ganha o seu sentido.

Talvez queira aquela hora,
Que pairando alucinante,
Esconde um mundo que lá fora,
Nos oferece este instante;
Talvez eterno e passageiro,
Tão profundo o meu olhar,
Que espera o teu sinal primeiro,
Para um beijo te roubar.

Refrão:

Porque nós somos ilhas que se encontram,
Corações que em momentos se desmontam,
Sem pensar se amanhã virá luar.
Porque nós somos gestos que se trocam,
Os nossos olhos são olhos que se tocam,
Sem pensar no que há para conquistar.


Talvez queira aquela estrada,
Em que o longe se faz perto,
Mesmo quando o mundo é nada,
Nada mais que só deserto,
Talvez queira esta miragem,
Sentir cada céu estrelado,
Talvez queira esta viagem,
Que me leva para teu lado.

Talvez acenda cada estrela,
Quando vejo o céu contigo,
Quando tu num barco à vela,
Remas para o meu sorriso,
Porque és uma certeza,
Porque és respiração,
És os traços de princesa,
És as notas desta canção.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Jangada de sonhos.

Jamais conseguirei andar em frente,
olhando tanto para trás,
seguindo em frente é que se aprende,
o que faz bem ou não faz.

Jamais fugirei dos oceanos,
onde outrora naufraguei,
sou jangada de sonhos e planos,
procurando o que serei.

Já não penso no destino,
só no caminho a percorrer,
certo que não vou sozinho,
com tanto mundo a conhecer,

Este é o meu viver,
Assim eu vou crescer,
na busca e no querer...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Pedras podres.

Só peço paz,
nada mais que brisa suave
sem tempestade.
Só quero paz,
daquela imperturbável
aos ouvidos da alma que escutam tudo
o que não devem escutar.

Paz de parasitas, de pedras podres,
de hipócritas bolorentos
do fundo da cadeira alimentar.
Paz de mim, dos meus sentidos,
da existência de paciência
para ter de os ignorar.

Só preciso de paz,
para fazer o meu caminho
em estradas múltiplas
onde não me canso de andar,
porque a minha paz,
é já ser feliz sozinho,
espezinhando a vossa inveja
do que eu estou a conquistar.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Liberdade de expressão.

Se a temos não a valorizamos,
sem a ter somos gente de bravura,
quando falta, o que falta é animarmos,
para ter força quando a luta continua.
Sem sentirmos nem sequer o esperarmos,
ela foge a passos largos desta rua,
esquecendo que já antes celebrámos
a sua vinda após anos de tortura.

Já não a vemos como simbolo de unidade,
não sentimos quando foge entre os dedos,
já aceitamos que se evite a lealdade,
para evitar mal maior que simples medo,
hoje em dia já se vende a dignidade,
para comprar um pedaço de sossego,
esquecendo que a palavra liberdade,
vale mais do que a palavra emprego !

domingo, 15 de maio de 2011

Sono meu.

É assim que acordo,
olho para um lado, olho para o outro
e o mundo sabe-me a pouco,
não tive lucro nem tive troco
neste longo sonho louco,
que no pouco me deu descanso.

Ergo-me então e avanço,
em frente ao espelho olho para mim,
vejo rugas de muito falhanço,
que quase me levaram ao fim.
Mas não me vou lamentar,
vou voltar a dormir...

Mas não, eu quero acordar,
respirar e partir.
Vamos corpo, ergue-te,
eleva a mente ao som da tua voz,
não temas o mundo, entrega-te,
enquanto eu falar nunca estarás a sós.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Hoje, já.

Já lá vão os tempos da fundação,
em que mortos se fizeram a lutar,
para os vivos após tanta evolução,
humilharem quem ousou sonhar,
já perdeu quase a cor nosso brasão,
já perdemos o saber de navegar,
esperaremos algum D. Sebastião?
Se calhar já cansámos de esperar …

Hoje olhando para os descobrimentos,
perguntamos, será que foi verdade?
porque agora entre o fado e os lamentos,
descobrimos a humana falsidade,
D. Dinis plantou vidas noutros tempos,
que hoje só nos trazem a saudade,
de um país que viveu grandes momentos,
quando os cravos nos traziam liberdade.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Agora.

És tu e outros mais iguais a ti,
cujas armas teimámos em vos dar,
que trouxeram este povo até aqui,
a um mar onde há nada a aspirar,
a não ser que se troque de navio,
já não chega só trocar de capitão,
navegar para sair deste vazio
de ideias, de verdade e de união !

Assim não há vento para andar,
e a nau não tem como conseguir,
entre tanto Adamastor a opinar
no que os lusos tinham de decidir;
As velas estão prontas para nós,
até temos o tempo de feição,
só falta darmos uso à nossa voz,
e provar que todos somos a nação !

É a hora?

Já Camões outrora alertava,
que este povo tinha muita tirania,
após isso até Pessoa relembrava,
que o Império Enconberto se extinguia;
esta história pelo visto não acaba,
perdura até chegar a este dia,
agora que o mar já não dá nada
e o oculto está na democracia !

Logo agora que é preciso navegar,
por mares já antes navegados,
não há quem se digne a comandar,
com a ambição de tempos apagados,
com a honra do que fomos sem mais ser,
com a glória de expandir e conquistar,
são hoje um bando de homens com poder,
que nos levam para o fundo do tal Mar !

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Baú silêncioso.

Olho para ti no teu mundo de quatro paredes,
iluminada por seres e por luz artifícial,
és viagem planetária mesmo sem o quereres,
entre todos os silêncios do barulho intelectual !

Destinos mil, debaixo p'ra cima e ordem inversa,
momentos a mais após desvendar esses teus fins,
posso sentar, parar e olhar sem nunca ter pressa,
se hoje parar e amanhã voltar estarás cá p'ra mim !

Para mim és mapa que tem sempre algum tesouro,
para outros és banal, e não passas de uma seca,
nunca viram os baús cujas linhas têm ouro,
nunca viram que és o mundo em forma de Biblioteca !

Cansaço.

Vergo-me perante o destino,
que eu próprio escrevo e decido,
perco-me pelo caminho,
na busca de ser um indivíduo,
mas terei eu algum poder,
p'ra escrever o que está escrito,
ou sou dono do meu querer,
neste mundo que eu habito...

Canso-me de não saber,
saber mais do que eu não sei,
só queria tentar perceber,
porque não me encontrei,
nesta vida que é estrada,
sempre cheia de sinais,
que me leva a tudo e nada,
que me traz viver demais !

Vou parando para pensar,
se estou certo ou errado,
mas de tanto ruminar,
não passo de estar estagnado;
talvez saiba que errei,
em não ser mais consciente,
ou então nunca pensei
e a consciência mente .

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Ver e sentir !

Nos olhos de quem está à minha frente,
vejo mais que um simples rosto humano,
sinto a vida a respirar intensamente,
vida essa que de viva tanto amo,
ouço olhos que me falam em segredo,
sobre coisas que só sabe o coração,
vejo um rosto que me tira todo o medo,
sinto mais do que só respiração.

Nos braços que me envolvem em magia,
guardo horas para mais tarde me aquecer,
dou mãos às mãos que pintam o meu dia,
com cores do amor para nunca anoitecer,
chego mais perto para ouvir expiração,
chego p'ra longe p'ra saltares no trampolim,
no entretanto eu vou abrindo o coração,
p'ra se caires , caires dentro de mim !

sábado, 26 de março de 2011

Ontem e hoje.

Ontem sonhei sonhos secretos,
Estiquei o meu braço para te abraçar,
Hoje prefiro ter os olhos abertos,
Na esperança de olhar e ver-te chegar.

Ontem falei em silêncio contigo,
Mensagens de olhares que me fazem sorrir,
Hoje já trago o teu cheiro comigo,
Só quero acordar do sonhar e seguir…
Contigo.



.

Inverno de emoções.

Se lá fora chover e quiseres o meu abraço,
eu volto de outro espaço para para aquecer o teu,
vou chegando mais perto, passo após passo,
com um sol que já não vias e um calor que era meu.

Se lá fora fizer frio e quiseres uma palavra,
eu olho a tua cara para dizer tudo o que vejo,
em invernos de emoções a saudade não sara
e só pára quando abraço e sinto o teu beijo.

Talvez quisesse.

Procurei pelos caminhos,
Motivos para não me deter,
Encontrei rostos sozinhos,
Que não se queriam perder.
Encontrado o horizonte,
Quis saber como ajudar,
Cada rosto que se esconde,
Por trás de cada olhar…

Porque sei que a solidão,
É vale perdido no deserto,
Que não enche o coração,
que se cansa estando perto..

Quis ajudar o meu coração, a perceber o coração dos outros,
Esta história dos corações é de deixar os deuses loucos,
Porque o nosso é tão grande, e às vezes leva tão pouco,
Que preferia às vezes não ter coração e ser só mais louco !

sexta-feira, 25 de março de 2011

Fado das coisas do amor.

São lágrimas perdidas na calçada,
são sonhos espalhados pelo chão,
coisas entre ter o tudo e o nada,
dores que só sente o coração !

São horas de amargura e saudade,
viagens através do teu olhar,
és tu a minha eterna novidade;
São elas que me fazem flutuar.

Coisas do amor,
do que se sente e que se vive,
são coisas de dentro que mal sabem falar,
coisas do amor,
que compreende e sobrevive,
são coisas sobre amar mesmo a chorar !

São nuvens escondidas sem morrer,
estrelas tão distantes a brilhar,
és tu a eterna flor a renascer,
São elas que me fazem caminhar.

sábado, 19 de março de 2011

É assim.

Roubar-te um sorriso,
abraçar-te o coração,
quando és o que preciso,
quando não tenho chão,
é abrir-me nova porta,
pintar nova melodia,
quando a vida vai torta
e és a luz que me guia.

É ganhar-te e dizer-te,
que este mundo até tem cor,
é pintar-te e aquecer-te,
nos nossos tons do amor,
é viver-te nos segundos,
que nunca são demais,
percorrer os teus mundos,
em busca dos teus sinais.

Vive-me em cada caminho que tiveres a percorrer,
ouve-me nos silêncios que estão bem ao pé de ti,
canta-me em palavras que eu não canso de dizer,
sente-me ao gostar de mim, porque estou bem aqui.

É escrever-te no meu peito,
encontrar-te sem perder,
é olhar esse teu jeito,
de quem anda sem esquecer,
dos abraços de outrora,
e da palma da minha mão,
que trazes a toda a hora,
de mão dada ao coração.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Não sonho.

Cansei-me de sonhar sonhos de emoções,
só quero realidades que possam ser sonhadas,
enquanto vivo o sonho através de sensações,
já certas realidades são histórias acabadas !

Não comprarei mais sonhos na feira da utopia,
viverei da circunstância que consiga abraçar,
nem tão pouco inverterei da noite para o dia,
esse acto ruminante que se diz ser o sonhar !

Não venderei mais sonhos, serei só o que der,
nos meus passos incertos que parecem irreais,
não sonharei mais alto do que Deus se o houver,
esses grandes sonhos saem caros por demais !

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Bagagem.

Guardarei os nossos momentos,
desde o dia em que todos chegamos,
nesta vida que ao sabor dos ventos,
não apaga o que ontem plantámos !

Levarei na bagagem comigo,
cada riso ou situação vivida,
cada abraço não dado, sentido,
serão páginas da minha vida !

Foram dias e meses intensos,
foram horas sem explicação,
jantares que eram grandes eventos,
de gente que vai no coração !