quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Vou.

Eu não sei se a porta se vai abrir simplesmente
Só com os desejos e sonhos que trago em mim,
Mas os abstractos desígnios da vida sussurram
Para eu não parar de lutar deste jeito assim,
O amanha é incerto como a meteorologia do céu
Que manda chuva sem nada nos anunciar,
Deixando ao nosso critério entristecer com a chuva
Ou sorrir na esperança do sol chegar.
É por isso que andamos entre gotas e raios de luz
Sem perder ou esquecer o nosso norte,
Sabendo que a vida nem sempre é perfeita e seduz
Mas que traz sempre a nossa sorte.
Acredito na possibilidade das coisas difíceis
Que parecem impossíveis de se conquistar,
E acredito na existência de coisas incríveis,
Quando te posso abraçar e olhar.

Vou voar no teu espaço
como pásssaro viajante,
vou cair no teu abraço,
vou ficar mais que um instante.

Eu não sei se a conjectura de tudo vai trazer
A realidade dos sonhos que me fazes ganhar,
Mas sei que a arquitectura da palavra viver
Tem as paredes de te querer alcançar.
Talvez sejas o jardim eternamente florido
Onde colho as cores de uma só fragrância,
Talvez sejas um mapa com todo o sentido
Onde não há longe nem distância.