terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Calendário.

Quando o dia não chegar para nós dois,
Vou lembrar que amanha é outro dia,
Já outrora acreditava no depois,
Foi ele que trouxe o sonho que seguia,
Porque eu já cruzei mundos para ter,
Só a magia de poder-te abraçar,
Com a esperança que consegui manter,
De que um dia eu te ia conquistar.

Quando horas do relógio não chegarem,
Nos quadrados do nosso calendário,
Importa é as saudades não faltarem,
Em quem partilha o mesmo aniversário,
Somos mais do que mil coincidências,
Esperarei sempre que tu possas voltar,
Pelo que temos já guardado em vivências,
Pelo que tenho ainda em ti a conquistar.

Se te quero ao meu lado alguns segundos?
Quero mais e até onde a vida for.
Se desejo aqueles olhares mais profundos?
Quero ver sempres neles o teu amor.
Se acredito que hoje em dia te conquisto?
Acredito que ainda corres para me ver,
E muito mais que lembrares que eu existo,
Que acreditas no que temos a viver.

Verbo amar.

Se algum dia quiseres morar cá dentro,
Já te dei uma chave no passado,
Basta dares um jeito em sentimento,
E ficares a ver comigo o céu estrelado.
Traz as malas, fica perto de uma vez,
Vamos ambos partilhar o mesmo chão,
Fecho os olhos e conto até três,
E já moras dentro do meu coração.

Se achares que tenho o que é preciso,
para teres a felicidade suficiente,
está na hora de esboçares um sorriso
e o manteres nos teus olhos para sempre,
porque eu luto cada hora para te dar,
o que sonhei sempre dar a uma mulher,
tu mereces o melhor do verbo amar,
que eu conjugo no que der e que vier.

Escrever.

Não tenho tentado ser escritor,
Nem tão pouco ser reconhecido,
Tenho lutado para ter o amor
Que tens em ti para ficar contigo,
Cada texto que te escrevo é apenas,
Uma lembrança de cada momento,
Por vezes prosa e às vezes poemas,
Com a essência deste sentimento.

Quando sonho com cada novo livro,
Apenas quero que o tenhas guardado,
Que o sintas como um porto de abrigo,
Quer estando sol ou com o céu nublado,
São estas as linhas que temos erguido,
Porque no fundo nós já sabemos bem,
Que entre nós tudo tem um sentido,
Que nos aponta para o que o amor tem.

Talvez até nunca haja algum registo
Do que escrevo sem ser no teu coração,
Muito mais que uma prova que existo,
Isto é a prova de que quero dar-te a mão,
Não me importo que os guardes na gaveta,
Desde que nunca esqueças que lá estão,
Pela vida vou usando uma caneta,
Para que saibas o que os meus sonhos são.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Remamos tu e eu.

Pequena, dá-me a mão, vamos aprender a remar,
Vamos descer o rio enquanto o sol iluminar,
Temos o mundo à espera para irmos onde for,
Temo-nos um ao outro e mais, até o nosso amor.

Construí esta jangada com sonhos até mais não,
Moldei-a para durar muito para lá de um Verão,
Vamos embarcar agora rumo ao nosso futuro,
No fundo somos um para o outro um porto seguro.

Remando em sintonia chegaremos bem mais fundo,
Criamos entre nós uma espécie de novo mundo,
Pescando gestos e palavras nestas margens unidas,
Que se tornam as coisas mais importantes
Das nossas vidas.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Lareira.

Repouso no teu abraço porque sei que estou seguro,
Descansas no meu ombro porque sabes que sou teu,
Encontramos um no outro uma espécie de futuro,
Vivemos um momento simplesmente teu e meu.

Não enfraquece o lume porque há um calor em nós,
Apenas dança suave em labaredas que iluminam,
Todo ele é um silêncio até que chega a minha voz,
Sussurro aos ouvidos que os teus olhos me fascinam.

Talvez esta lareira tenha um toque de magia,
Talvez por nos olhar e reparar no que é o amor,
Talvez nós percebamos que este é um dia,
Que nos mostra que nós vamos até onda a vida for.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Decidi.

Decidi escrever um livro a sonhar com dois ou três,
Por saber que és o tema que merece ser contado,
Entre as linhas que nós somos e cada letra que tu és,
Damos voltas ao universo num cometa iluminado.

Decidi deixar falar a voz de uma página em branco,
Deixei que ela confessasse todo o ato de sonhar,
Balancei pelas palavras que trazem o teu encanto,
E num texto camuflado comecei a caminhar.

Decidi chamá-lo Tu porque és tu na tua essência,
Percorri todos os textos a que podes chamar teus,
E se agora repousar e pensar em consciência,
Esse livro somos nós, e os teus sonhos são os meus.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Para ti.

Era uma vez uma história que ainda está a ser escrita,
E a cada dia que passa vai ficando mais bonita,
Porque os dias entre nós nunca são em vão,
Porque todos merecem em cada lua uma canção.
Ainda á pouco escrevi umas palavras sentidas,
Daquelas que permanecem depois de serem ouvidas,
Porque tu mereces cada nova invenção,
Daquelas da minha voz rumo ao teu coração,
Temos vencido barreiras porque somos um só,
Quando nos damos na emoção numa espécie de nó,
Há qualquer coisa em nós que se sente diferente,
Que faz sonhar com o futuro entre nós constantemente.
Quando escreves poesia julgando não saber,
Fazes vibrar todo o meu peito com o teu jeito de ser,
E a tua forma de ver, o que é no fundo o sentimento,
Entre gestos ou palavras, muito mais que um momento.
Nunca deixes de ser como és na tua essência,
Porque tu és a metade do que somos em vivência,
Trazes no teu olhar muito mais que uma certeza,
Que alimenta o desejo de te dar esta surpresa.
Quero surpreender-te a cada dia da tua vida,
Nem que seja só escrever-te quando mais eu não consiga,
Porque em ti as palavras ganham nova dimensão,
Ficam bem entrelaças tal como a nossa mão.

Não sei se é especial cada letra que te escrevo,
Mas tu dás inspiração a esta ponta do meu dedo,
E eu quero ter-te perto em cada pagina em branco,
Para poder guardar em mim o teu sorriso e o teu espanto.
Esta é a minha forma de dar uma recordação,
Neste dia que celebra o que sonho desde o Verão,
Nesta terça-feira é mais um dia que te digo,
Que são todos especiais porque sei que estou contigo.
Talvez para terminar me apeteça dizer,
Que eu amo intensamente a nossa forma de viver,
E mereces receber tudo o que eu tiver em mim,
Por me dares a felicidade de viver um amor assim.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O meu amor.

O meu amor tem olhos de verdade,
Que são dois mundos brilhantes,
Que trazem a solução para a saudade.
O meu amor tem jeito de quem fica,
Transforma todos os instantes,
E que acalma o mundo que se agita.

O meu amor trás poemas inesperados,
E faz-me sentir como uma criança,
A quem dão tudo em embrulhos enlaçados.
O meu amor sabe sentir a poesia,
Porque sabe o que é a esperança,
E no fundo sabe o que é amar a cada dia.

O meu amor sabe como dar a mão,
E não somente dar a palma,
Mas dar tudo até tocar o coração.
O meu amor ensinou-me a olhar em frente,
Da tempestade traz a calma,
E traz vida com um sabor tão diferente.

Por isso meu amor, abre os braços para eu chegar,
Porque te quero envolver, e cheguei para ficar,
Porque tu trazer a cor, a tudo o que parece escuridão,
Nesse teu jeito de ser, que me envolve bem fundo
O coração.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Vais.

Vais voar,
Neste meu planar,
Até se encontrar,
Um lugar com mais ar.
Vais saber,
Sempre o que dizer,
Se eu me perder,
No teu jeito de ser.

Porque tu,
És tu sem contraluz,
És tu o que seduz,
E me conduz,
Ao mais fundo do peito,
Porque tu,
És tu e és o real,
O luar especial,
Mas afinal,
Só me importa o teu jeito.

Vais sentir,
Sem ter que pedir,
O que é sorrir,
Se me quiseres ouvir.
Vais crescer,
Vou-te envolver,
Vamos compreender,
Este jeito de viver.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Mereces.

Talvez mereças que eu volte a fazer composições,
Talvez tu saibas que mereces mais do que mil canções,
Porque tu sabes o que somos desde Agosto passado,
Desde que me deixas-te completamente apaixonado,
Preciso mesmo dizer-te o que sinto bem cá dentro,
Porque neste momento estou a explodir de sentimento,
Com aquilo que temos construído em pegadas,
Desde quando partimos naquelas simples jangadas,
Mais do que caminhadas temos sido um trajeto,
Feito no mesmo sentido para ficarmos mais perto,
Para nos compreendermos e conhecermos ao outro,
Para que dia após dia nos conheçamos mais um pouco.
Não quero ser redundante nas palavras que te escrevo,
Quero sim que as guardes como se fosse um segredo,
Naquele lugar mais dentro onde só chega a emoção,
Vulgarmente acarinhado entre nós, o coração.
Talvez a letra é que importa porque leva o amor,
Liga só à intenção que eu não sou grande cantor,
Talvez nem grande escritor mas o que escrevo é sentido,
Porque o mundo bate certo sempre que eu estou contigo.
Temos feito viagens para mais tarde recordar,
Vamos deixando o que somos em cada novo lugar,
Já trago dentro do peito bem marcado o Alto Minho,
Porque lá fomos um só a fazer o mesmo caminho.
Já temos tantas histórias que mereciam um livro,
Chamado Tu ou Viagens ou mesmo Porto de Abrigo,
Porque tu cada vez mais és uma margem de mim,
Mil vezes mais do que eu digo num poema assim.
Porque tu dás ao sonho um sonhar mais especial,
Porque o sonho ao teu lado acaba por ser real,
Porque fazes valer até o mais pequeno segundo,
Porque mereces receber do melhor que tenha o mundo.

Há dias.

Há dias que rodam na roda de um sonho,
Há dias que ficam para sempre lembrar,
Há dias que trazem semblante risonho,
Há dias que ficam num poema no olhar.

Há dias que giram numa nostalgia,
Há dias de velas e olhares a brilhar,
Há dias que trazem mais horas ao dia,
Há dias de horas feitas para amar.

Há dias de mãos que se dão por instinto,
Há dias em que a vida teima em sorrir,
Há dias a salvo de algum labirinto,
Há dias criados só para te sentir.

Há dias dos dias que a vida vai guardar,
Há dias que pedem para eu te dizer,
Que os dias melhores para eu recordar,
São os dias que posso ao teu lado viver.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Vou ler-te.

Vou ler-te este poema no olhar,
Decifrar esse teu sentimento,
Vou ver se te costumas lembrar,
Do sentido que damos ao tempo,
Vou entrar nesse verde intenso,
Lá dentro há muito mais de nós,
Vou dizer-te tudo o que penso,
Nos acordes desta minha voz.

Vou guiar-te sempre no mundo,
Vou levar-te aos novos lugares,
Vou lutar em cada segundo
Para que haja sempre luares,
Vou ter sempre a mão aberta,
Para me entrelaçar na tua,
Porque temos uma arma secreta,
Somos o lado brilhante da lua.

Vou ler isto na tua presença,
Em memória de cada viagem,
Porque sempre tive a crença,
Que tu eras mais que miragem,
Vou ler isto porque mereces,
O mais belo livro do mundo;
Vê amor se nunca te esqueces,
Que o nosso amor é profundo.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Pelo Norte.

Agora sei perfeitamente o que é a nostalgia,
Que se confunde com saudade e desejo de voltar,
Ao fazer de uma viagem uma espécie de magia,
No trilhar novos caminhos para te (re)conquistar.

Procurei constantemente nos vales do Alto Minho,
Chegar a cada “ Fim de tarde “ vencedor do teu Jogo,
Porque os céus que nos olhavam ao longo do caminho,
Ainda tinham a voar cento e três pássaros de fogo.

Percebo agora que as pontes entre certas fronteiras,
Existem para construir um castelo na outra margem,
Nos olhares e emoções que vencem quaisquer barreiras,
Entre os nós que vamos dando em cada nova viagem.

Somos como a união das cores e fios daquele Teatro,
Somos como aquele jardim que se renova e permanece,
Somos todo um futuro e não apenas um só retrato,
Somos como esta viagem, somos algo que não se esquece.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Quando.

Quando sentir um sabor a incerteza,
Bebo um trago das tuas fotografias,
Porque ao perder-me na tua beleza,
Fica mais fácil de encontrar os dias,
Embriago a mente com memórias,
Fico curado simplesmente ao ver,
Que no reflexo de todas as histórias,
Tens sempre linhas para me envolver.

Quando chegar um dia mais cinzento,
Compro um casaco da serra da estrela,
Porque na pele no nosso sentimento,
Há mil razões para nunca esquecê-la,
Não só ela mas aos outros lugares,
Em simples copos de conhecimento,
Quando em viagens respirámos ares,
Que nos encheram o peito de alento.

Quando ouvir dentro de mim o medo,
Vou-me agarrar às frases do teu olhar,
Ditas em escadas em jeito de segredo,
E agora mesmo só num simples pensar,
Porque dizemos tanto em telepatias,
Nós somos tanto de algo transcendente,
Que dá sentido e faz valer os dias,
Em cada cálice deste amor crescente.