quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Oh menina.

Oh menina vem baloiçar no sabor das incertezas,
Vem deixar-te levar neste oceano de surpresas,
Acorda, abre-me a porta, eu vou ser os teus ouvidos,
Quando a vida for torta ou quando fores os meus sentidos.

Oh menina vem renascer neste tempo já de Outono,
Vem fazer-me viver mesmo se não souberes como,
Vem aprender comigo a escalar melhor as serras,
Vem ser maior para mim do que as lutas que já eras.

Refrão:

És todas as estações,
Entre o sol e a tempestade,
És perfeitas transições,
Entre o olá e o faz-se tarde,
Que este nós não acabe.

Oh menina vem caminhar sobre as águas do sentimento,
Não me deixes naufragar, sopra forte, és o meu vento,
Oh menina linda vem ser pedaços de tudo e nada,
Vem ser os traços de aurora ao findar da madrugada.

Se ficares.

Quando o vento e a maré,
Não estiverem de feição,
Eu não uso a marcha á ré,
Usarei só o coração.

Quando o céu estiver sombrio,
Fecho os olhos, penso em ti,
Para tapar este vazio;
Não saber se estás aqui.

Para me abraçares, naquele eterno momento
E ficares…

Para tudo e para nada,
Nas horas e nos segundos,
Para a mais simples palavra,
Para criarmos novos mundos,
Para nos pequenos gestos,
Darmos vida a nova cor,
Para pintarmos universos,
Com os nossos tons do amor.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Silêncio da ponte.

Encostados no silêncio,
Que a paisagem nos guardou,
Tu decifras o que eu penso,
E que o rio não levou.

Abraços neste incerto,
Tão pequena eternidade,
Os teus olhos chegam perto,
Antes que se faça tarde.

E que,

O rio me leve a mim ou a ti,
Para mundos diferentes,
Prefiro saber agora e aqui,
Tudo aquilo que tu sentes.

Prefiro ficar no alto da ponte,
A admirar o mundo e o cais,
Antes que o mundo se desmonte,
Sem saber para onde vais.

O meu jogo.

Vou entrar no jogo a perder,
Entrar sem saber se vou ganhar,
Vou jogar só para se puder ser,
Ser mais do que ler o teu olhar.

Venha-me o jogo que vier,
Vou jogar pelo certo, vou-te ouvir,
Vou guardar o ás p’ra quando der,
Ganhar tudo o que tens para sentir.

Refrão:

É o jogo do que se sente cá dentro,
É treinar, e saber que cartas são,
É jogar sem pensar só no momento,
É ganhar simplesmente o coração.

domingo, 28 de agosto de 2011

Porque nós.

Talvez sonhe com o tempo,
Em que mais do que as palavras,
Tu me dês aquele momento,
Em que as coisas são tão raras,
Talvez queira a tua voz,
A sussurrar ao meu ouvido,
Nos momentos em que a sós,
Tudo ganha o seu sentido.

Talvez queira aquela hora,
Que pairando alucinante,
Esconde um mundo que lá fora,
Nos oferece este instante;
Talvez eterno e passageiro,
Tão profundo o meu olhar,
Que espera o teu sinal primeiro,
Para um beijo te roubar.

Refrão:

Porque nós somos ilhas que se encontram,
Corações que em momentos se desmontam,
Sem pensar se amanhã virá luar.
Porque nós somos gestos que se trocam,
Os nossos olhos são olhos que se tocam,
Sem pensar no que há para conquistar.


Talvez queira aquela estrada,
Em que o longe se faz perto,
Mesmo quando o mundo é nada,
Nada mais que só deserto,
Talvez queira esta miragem,
Sentir cada céu estrelado,
Talvez queira esta viagem,
Que me leva para teu lado.

Talvez acenda cada estrela,
Quando vejo o céu contigo,
Quando tu num barco à vela,
Remas para o meu sorriso,
Porque és uma certeza,
Porque és respiração,
És os traços de princesa,
És as notas desta canção.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Jangada de sonhos.

Jamais conseguirei andar em frente,
olhando tanto para trás,
seguindo em frente é que se aprende,
o que faz bem ou não faz.

Jamais fugirei dos oceanos,
onde outrora naufraguei,
sou jangada de sonhos e planos,
procurando o que serei.

Já não penso no destino,
só no caminho a percorrer,
certo que não vou sozinho,
com tanto mundo a conhecer,

Este é o meu viver,
Assim eu vou crescer,
na busca e no querer...