quarta-feira, 27 de junho de 2012

Mais motivos.

Por muito que não esteja inspirado,
Tenho sempre alguma coisa a dizer,
O tempo que já passei do teu lado,
Dá motivos para eu querer escrever,
Tu sabes que eu quero ver-te bem,
Que tragas o sorriso que é só teu,
E quero dar a ti e a mais ninguém,
A estrela que mais brilhe lá no céu.

O tempo é veloz e já cá estamos,
No inicio e no sol de mais um Verão,
No sonho tudo o que nos lembramos,
O que guardou para nós esta estação.
Quero dar-te mais motivos para sorrir,
Outros tantos para que possas sonhar,
Com aquilo que nós vamos descobrir,
Quando ambos voltarmos a viajar.

sábado, 23 de junho de 2012

Até que ponto.

Até que ponto és tolerante
Se no fundo és um errante conotado de estudante?
Até que ponto és culto
Se fracassas na cultura na hora de ser adulto?
Até que ponto és criativo
Se oprimes a construção para lá do teu umbigo?
Até que ponto és construtivo
Se não mostras plano B quando tudo está perdido?
Até que ponto lês
Para lá dos copianços que nem sabes quem os fez?
Até que ponto elaboras
E te aplicas mais um pouco para lá das tuas horas?
Até que ponto és cuidado
E cuidas de saber um pouco sobre o nobel Saramago?
Até que ponto és passivo
E repousas no teu canto como se nada fosse contigo?
Até que ponto queres futuro
Se dormes depois da noite e estudas num quarto escuro?
Até que ponto tu contribuis
Se o comboio anda lá fora e tu aqui não evoluis?
Até que ponto és a minoria
Que investiga sem dinheiro e consegue fazer magia?
Até que ponto és treinador de bancada,
Que grita, esperneia e ofende e no fundo não faz nada?
Até que ponto és motivo de orgulho
Se não metes mãos à obra para sairmos do entulho?
Até que ponto tens memória,
Lembras-te de um Portugal que fazia manuais de história?
Até que ponto eu sou Português?
Sou mais um igual a ti, mas que tenta de quando em vez.




terça-feira, 19 de junho de 2012

Viagem de ida.

Vou andando pela rua,
Na sombra do presente,
Sonhando dar passos na lua,
Neste meu olhar em frente,
Não me prendo a coisas fúteis,
Crio o meu próprio vento,
Em busca de armas uteis,
Como é o sentimento.

Vou seguindo confiante,
Rumo a esse tal destino,
Para que conte cada instante,
Cada curva do caminho,
Porque a estrada é só uma,
E não temos volta a dar,
E a esperança que me inunda,
Tem semente no sonhar.

Vou em busca de um objetivo.
Em cada novo passo dado,
Sendo o maior ficar contigo,
E ser feliz do teu lado,
Coisas simples e ao alcance,
Das que nem têm valor,
Se nos dermos uma chance,
De vivermos com amor.

sábado, 16 de junho de 2012

O poema de volta.

Depois de um tempo pela Antropologia,
Em que já tinha saudades de escrever,
Eis que agora já retorno à poesia,
E a exaltar o quão feliz se possa ser.
Tu mereces o meu abraço mais forte,
Por tudo o que tens feito do meu lado,
Uma amiga, uma amada e um suporte,
Por isso tudo eu te digo obrigado.

No tempo que já passou desde Agosto,
Esse tempo voou de forma alucinante,
Na memória ficou mais que um sol-posto,
Em que tudo durou mais que um instante.
Espero que tudo tenha valido a pena,
E que sonhes com os dias que virão,
E que sintas até a hora mais pequena,
E que lembres para sempre o nosso Verão.

Chega em breve nova altura de viagens,
Chega em breve novo sol para aquecer,
Já possuo novos sonhos em miragens,
E anseio para que os possas ver,
Se ainda tens vontade de partir
Do meu lado e novos sítios encontrar,
Eu garanto dar motivos para sorrir,
E ainda digo: deixa-te levar.