Se no fundo és um errante conotado de estudante?
Até que ponto és culto
Se fracassas na cultura na hora de ser adulto?
Até que ponto és criativo
Se oprimes a construção para lá do teu umbigo?
Até que ponto és construtivo
Se não mostras plano B quando tudo está perdido?
Até que ponto lês
Para lá dos copianços que nem sabes quem os fez?
Até que ponto elaboras
E te aplicas mais um pouco para lá das tuas horas?
Até que ponto és cuidado
E cuidas de saber um pouco sobre o nobel Saramago?
Até que ponto és passivo
E repousas no teu canto como se nada fosse contigo?
Até que ponto queres futuro
Se dormes depois da noite e estudas num quarto escuro?
Até que ponto tu contribuis
Se o comboio anda lá fora e tu aqui não evoluis?
Até que ponto és a minoria
Que investiga sem dinheiro e consegue fazer magia?
Até que ponto és treinador de bancada,
Que grita, esperneia e ofende e no fundo não faz nada?
Até que ponto és motivo de orgulho
Se não metes mãos à obra para sairmos do entulho?
Até que ponto tens memória,
Lembras-te de um Portugal que fazia manuais de história?
Até que ponto eu sou Português?
Sou mais um igual a ti, mas que tenta de quando em vez.