sábado, 23 de junho de 2012

Até que ponto.

Até que ponto és tolerante
Se no fundo és um errante conotado de estudante?
Até que ponto és culto
Se fracassas na cultura na hora de ser adulto?
Até que ponto és criativo
Se oprimes a construção para lá do teu umbigo?
Até que ponto és construtivo
Se não mostras plano B quando tudo está perdido?
Até que ponto lês
Para lá dos copianços que nem sabes quem os fez?
Até que ponto elaboras
E te aplicas mais um pouco para lá das tuas horas?
Até que ponto és cuidado
E cuidas de saber um pouco sobre o nobel Saramago?
Até que ponto és passivo
E repousas no teu canto como se nada fosse contigo?
Até que ponto queres futuro
Se dormes depois da noite e estudas num quarto escuro?
Até que ponto tu contribuis
Se o comboio anda lá fora e tu aqui não evoluis?
Até que ponto és a minoria
Que investiga sem dinheiro e consegue fazer magia?
Até que ponto és treinador de bancada,
Que grita, esperneia e ofende e no fundo não faz nada?
Até que ponto és motivo de orgulho
Se não metes mãos à obra para sairmos do entulho?
Até que ponto tens memória,
Lembras-te de um Portugal que fazia manuais de história?
Até que ponto eu sou Português?
Sou mais um igual a ti, mas que tenta de quando em vez.