quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Astro !

Sou um astro que órbita em qualquer parte,
vou conhecendo este universo envolvente,
e em tentativas para fazer a minha arte,
vou descobrindo nova estirpe de sementes !

Concentro-me numa visão planetária,
conquistada ao plantar de um novo verso,
não sentindo qualquer tipo de carga horária,
vou regando de ambição este universo !

Lanço agora um cometa de poesia,
que derrete e vai caindo no esquecimento,
isto, que vou plantando em qualquer dia,
já passou, e foi somente um momento !

Sou vaivém de pensamentos viajantes,
mais um radar que tira notas de um vida,
são sementes que assim nascem de instantes,
para lançar na expedição mais pretendida !

Oscilação !

Lembro agora certos tempos mais antigos,
de uma vida tão profunda e alterada,
revivendo uns momentos tão sofridos,
de um tempo em que a vida era salgada !

Estou sentado neste banco já comum,
a falar do meu tempo de existência;
nesse tempo não me lembro de nenhum,
em que eu não tivesse paciência !

São momentos em que escrevo intensamente,
expulsando o que atormenta cá por dentro,
com vontade solto um grito fortemente,
exaltando todo o meu sentimento !

Paro então para pensar em tudo isto,
nesta vida que caminha oscilatória,
dou um estalo para saber se existo,
para o poema ser então a minha história !

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Renovação !

Chega uma gota lado a lado com o frio,
pinga grossa pra manchar todo este chão,
fica agora este meu mundo tão vazio,
finalmente, já se sente nova estação !

Céu cinzento com o sol já esquecido,
chega o vento para nos tocar o rosto,
este tempo que não sei se é decidido,
dá saudades do profundo mês de Agosto !

Neste espaço onde a natureza é triste,
onde o ano se encerra em mudança,
na verdade tudo aquilo que existe,
são momentos de sonhos de criança !

Renovada a minha alma de poeta,
preparada para o frio exterior,
defini por isso, uma nova meta,
compensar tudo isto com amor !

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Vela !

Abro o céu pelo bordado das estrelas,
vejo a alma de uma vida incessante,
ilumino o meu planeta á luz de velas,
no quarto, ligo um globo, estou distante!

Rasgo a calma exterior ao meu pulmão,
respirando de uma forma alterada,
descobri uma nova constelação,
quatro versos numa rima cruzada !

Libertando cá de dentro uma fome,
de condensar todo o mundo num poema,
e mesmo quando o tempo traz ciclone,
bebo frases, rimo imenso, mato a pena !

Chega então aquela hora de partir,
apagar aquele pavio ainda aceso,
um planeta que em velas me faz sorrir,
um poema que da maldade me tira, ileso !

Imprevisto !

É um Outono tão incerto á minha volta,
folhas caiem mas o sol brilha intensamente,
ou está calor ou sinto gelo de noite á solta,
neste mês e neste tempo tão diferente !

Seremos nós causadores de tudo isto?
Será Deus ou alguém que está lá em cima...
Neste tempo tão invulgar como imprevisto,
todos tememos pela mudança deste clima !

É um Verão que se prolonga fora de tempo,
com uma moda ainda á espera de ser usada,
são pensamentos que relato neste momento,
de uma estação que se prolonga, inacabada !

Não tem sentido a importância deste tema,
já que o mundo o ignora tão alegremente,
talvez no futuro este mundo sinta pena,
ao sofrer com esta verdade inconveniente !

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Sentidos !

Parte o tempo e fica a história já concreta,
nasce o sol para esquecer a noite escura,
alvorada de uma página nova aberta,
com tinta azul , salpicada de ternura !

Dois ponteiros que em circulos se condenam,
á tontura de dar voltas sem sentido,
são segundos limitados os que ordenam :
" Siga o tempo , com coragem, destemido" !

Uma linha fica escrita a caneta,
bem guardada em algum cofre cerebral,
uma escrita tão dificil, tão secreta,
perceptível somente, ao nível sensorial !