sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Vela !

Abro o céu pelo bordado das estrelas,
vejo a alma de uma vida incessante,
ilumino o meu planeta á luz de velas,
no quarto, ligo um globo, estou distante!

Rasgo a calma exterior ao meu pulmão,
respirando de uma forma alterada,
descobri uma nova constelação,
quatro versos numa rima cruzada !

Libertando cá de dentro uma fome,
de condensar todo o mundo num poema,
e mesmo quando o tempo traz ciclone,
bebo frases, rimo imenso, mato a pena !

Chega então aquela hora de partir,
apagar aquele pavio ainda aceso,
um planeta que em velas me faz sorrir,
um poema que da maldade me tira, ileso !

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