domingo, 15 de maio de 2011

Sono meu.

É assim que acordo,
olho para um lado, olho para o outro
e o mundo sabe-me a pouco,
não tive lucro nem tive troco
neste longo sonho louco,
que no pouco me deu descanso.

Ergo-me então e avanço,
em frente ao espelho olho para mim,
vejo rugas de muito falhanço,
que quase me levaram ao fim.
Mas não me vou lamentar,
vou voltar a dormir...

Mas não, eu quero acordar,
respirar e partir.
Vamos corpo, ergue-te,
eleva a mente ao som da tua voz,
não temas o mundo, entrega-te,
enquanto eu falar nunca estarás a sós.