sexta-feira, 20 de abril de 2012

Um café de tarde.

Hoje estou em estado pensativo,
A olhar duas cadeiras com história,
Associadas ao sonho de estar contigo,
E ao inicio do que temos em memória,
Hoje olho simplesmente com saudade,
De um café que tem o sabor de convite,
Hoje olho e sinto ainda mais vontade,
De ficar mais dez mil horas a ouvir-te.

Hoje lembro o nervosismo que sentimos,
Camuflado em discursos sobre os dois,
Nos intervalos dos relatos lá sorrimos,
Prévio reflexo do que iria haver depois,
Neste presente que outrora foi sonhado,
Naquele passado de uma tarde de Verão,
Quando eu já era totalmente apaixonado,
E já escrevia para dar voz ao coração.

Hoje trago os mesmos sonhos dessa altura,
Da mesma forma que os vou realizando,
A minha esperança é um estado que perdura
Em surpresas que aos poucos vou criando,
Hoje olho e vejo réstias de verdade,
De sentidos, sentimentos e emoções,
Que ficaram na história daquela tarde,
De um café que despertou dois corações.