sexta-feira, 13 de julho de 2012

Súbito despertar.

Acordo em pleno sonho sem saber o que faço,
Olho a janela aberta e lanço escadas ao espaço,
Para fugir deste quarto caótico,
Inundado do teu antibiótico,
E subir, sentir, sorrir, ao degrau do teu abraço.

Subo sem receios ou medos de possíveis quedas,
Vislumbro à distância um cenário oposto às trevas,
Agarrando-me a esta loucura,
Catalisada pela tua ternura,
E eu aceito e agarro forte porque és tu que me levas.

Já passei talvez fronteiras mais distantes que outrora,
Com degraus mais fascinantes ao passar de cada hora,
Consequência do teu ar de mistério,
Em contraste com o meu ar sério,
Só pretendo voltar ao sonho quando tiveres de ir embora.

Talvez este meu divagar tenha pouco de realidade,
Tem a que tu permitires nessa tua propriedade,
De seres xarope anti escuridão,
Pilha alcalina do meu coração,
Cheguei agora às estrelas licenciado em felicidade.