sexta-feira, 2 de março de 2012

Margens.

Na margem do rio a gaivota vai voando,
Respiro a brisa que já chega do mar,
Perco-me em sonhos que voam planando,
Mergulho nas águas para te encontrar.

Deixo levar-me no sabor e cor do vento,
Alguma maré irá ter um rumo certo,
Flutuo com o ar deste meu sentimento,
E quando dou conta já estamos tão perto

De embarcar na jangada
De sonhos imensos,
Ir por essa estrada
Rumo ao horizonte.
Liberto as amarras
Dos meus pensamentos
E encontro a magia
Que em ti se esconde.

Soltamos as velas já os dois comandantes,
Olhando o futuro para lá do sol-posto,
Unimos as margens ainda hoje como dantes,
Porque em nós há dias que são dias de Agosto.