sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Silêncio do quarto !

Na abstração do exterior foco-me num candeeiro,
esta luz que me cega os olhos ilumina o meu caderno,
e se houver electricidade até ao minuto derradeiro,
deixarei traços de vida durante o tempo do inverno !

Ligo a meia intensidade para ganhar descernimento,
procuro lápis ou caneta para alimentar a minha mão,
e sentindo felicidade por expulsar mais um momento,
não me importa o sentido nem tão pouco se é em vão !

Estou distante e afastado de tudo aquilo que me envolve,
durante o tempo que dedico a ocupar o espaço em branco,
admito que o que penso e sinto tudo em versos se dissolve,
e no final de toda escrita sou dominado por um encanto !

De repente há tempestade exterior ao meu isolamento,
e o candeeiro enfraquece não permitindo mais fluir,
vou guardar o meu caderno agradecendo ao pensamento,
fez-se noite neste espaço e eu tenho sono e vou dormir !

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