Se o céu vier cinzento,
Terei de o rasgar,
Esperando aquele momento,
Em que o sol sussurrar.
Se ele estiver trancado,
Terei de inventar,
Com um jeito de mago,
A forma de o soltar.
Vou libertar o negro dos dias,
Sem ter de recorrer,
Ao livro sagrado das magias,
Se a ele lhe apetecer.
E já perguntei à lua,
Se ela se pode acender,
Convencia dizendo que a minha rua,
Tem astronautas que a querem ver.
Se o sol vier cansado,
Sem vontade de aquecer,
Vou-lhe comprar um gelado,
Para que possa perceber,
Que sei que o céu também chora,
Mas precisa de vir à rua,
E preciso que ele venha agora,
É ele que faz brilhar a lua.
Vou libertar o negro dos dias,
Sem ter de recorrer,
Ao livro sagrado das magias,
Se a ele lhe apetecer.
E já perguntei à lua,
Se ela se pode acender,
Convencia dizendo que a minha rua,
Tem astronautas que a querem ver.